Levada para a Itália em 1996, Kelly busca história que ficou em Campo Grande

Há 22 anos, Francesca Kelly Iannoni saiu de Campo Grande direto para Itália. A história de vida é contada por pais adotivos que vieram até a cidade buscá-la. Hoje, aos 26 anos, ela sonha em descobrir a família biológica e o porquê foi abandonada.

Com dificuldades para falar o português, tudo o que sabe é que pais adotivos chegaram em Campo Grande em 1996, pouco tempo depois dela ter sido encontrada na rua com outras três crianças. "Mas não tenho certeza se eles era meus irmãos, era muito pequena, difícil lembrar", descreve. 

Ela diz ter nascido em 1991, mas não há nenhum documento que comprove quem são os familiares ou a maternidade onde foi feito o parto. "Fui encontrada na rua e me levaram para o Orfanato Vovó Túlia em Campo Grande Grande. Depois fui adotada por uma família italiana".

Kelly não sabe o sobrenome verdadeiro e também desconhece o dia de nascimento. "Só sei que quando me encontraram me apresentei como Kelly. Depois disso não sei mais nada".

Seu maior sonho tem sido encontrar a família biológica, com apoio dos pais adotivos. "Desejo saber a minha história, quem realmente sou, se tenho irmãos e minha data de nascimento". Assim como as respostas para o abandono que ela nunca esqueceu. "Quero descobrir se só me abandonaram ou se há outras razões".

Embora tenha vivido uma adolescência turbulenta, ela afirma que sempre teve os pais ao seu lado e a infância foi tranquila. Hoje espera a chace de saber uma nova história. "Eu moro em Nápoles, na Itália, mas se tiver a chance de visitar a minha família, pego um avião e vou para o Brasil".

Qualquer pista pode ser repassada pelo Facebook de Francesca ou no Lado B.