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Comportamento

Marlene fechou a porta para viver melhor experiência do mundo a 1 mil km de casa

Paula Maciulevicius | 11/06/2016 07:05
Marlene, junto do afeto de Luísa e Clara. As netas que são "tudo" em sua vida. (Foto: Arquivo Pessoal)
Marlene, junto do afeto de Luísa e Clara. As netas que são "tudo" em sua vida. (Foto: Arquivo Pessoal)

De Campo Grande, para São Paulo. Os pouco mais de mil quilômetros de distância entre a casa que era dela e a que viria a ser pareciam uma eternidade se encarado como o que o separava a Marlene pessoa, da "vovó" Marlene. Em 2009, a aposentada trancou a porta do imóvel onde viveu e criou a filha para se dedicar ao melhor papel do mundo: viver e ser avó em tempo integral.

A recompensa está no abraço que a fotografia eternizou. Um afeto que transparece aos olhos e até emociona quem vê e tenta imaginar que essa é a retribuição recebida diariamente. "Desde que a primeira neta nasceu, eu vim embora para cá e estou até hoje", conta Marlene Arantes, de 64 anos. Clara, a primogênita da filha Grazielle já tem 6 aninhos e a caçulinha, Luísa, 3.

O papel dela como vó é encarado como o desafio mais doce já vivido.
O papel dela como vó é encarado como o desafio mais doce já vivido.

Ser avó foi uma alegria sem tamanho que explodiu no peito, na alma e escorre aos olhos de Marlene só de falar das netas. "É uma coisa que não tem como você expressar em palavras. É muito difícil. Filho você ama desde que entrou na sua barriga e só quem é mãe sabe explicar", diz.

O amor de avó nasceu diferente. É uma mistura do sentimento mais genuíno com a liberdade de não ter certas responsabilidades como os pais têm pela frente. "Eu deixei a minha vida para trás e estou caminhando com elas. Com as duas, a minha filha e meu genro", descreve.

Quando foi mãe, Marlene ficou com a tarefa de criar a filha sozinha, sem o apoio do pai. E agora que vieram as netas, pode enfim desfrutar do que é viver um "tudo". "Elas são o meu tudo. Desde ajudar a fazer o enxoval, o quarto do bebê. A vida que você tinha antes, ela não existe mais, você passa a viver em função daquele serzinho", compara.

O papel dela como vó é encarado como o desafio mais doce já vivido. De que tem a missão de ensinar a viver e amar infinitamente. "Minha função é de ensinar o valor que Deus tem na nossa vida, a espiritualidade do jeito que eu entendo: para que elas entendam que nós não somos seres vazios jogados aqui para trabalhar a vida toda sem nenhum propósito".

As meninas acompanhando no exercício. Que fofuras!
As meninas acompanhando no exercício. Que fofuras!

As palavras de vovó ficam tão rebuscadas, não? Para a repórter sim, para as netinhas, garanto que não. "Eu as alimento, as visto", exemplifica. A ideia não era de ir embora de vez, e sim ficar até que as meninas ficassem mais fortinhas ou então independentes. Só que os planos mudam a cada abraço que Marlene recebe.

"Não tenho a pretensão de deixá-las e sabe por que? Elas falam para mim: 'vovó, eu te amo mais de mil' e isso é uma demonstração. Ou então quando estão na escola e falam: 'vovó, eu estava com saudades, senti tanto a sua falta'", reproduz dona Marlene.

"E com isso você vai às lágrimas. Elas retribuem da forma delas. Ser avó é abnegação, é compreensão, é viver um amor infinito e que te derreta. A gente que é avó se doa para dar continuidade às gerações futuras".

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Ser avó foi uma alegria sem tamanho para Marlene. Na foto, ela, as netinhas e a filha, Grazielle.
Ser avó foi uma alegria sem tamanho para Marlene. Na foto, ela, as netinhas e a filha, Grazielle.
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