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Comportamento

Memória aquece coração de filhos em visitas a cemitérios no Dia das Mães

Domingo começou com friozinho, mas temperatura subiu e visitantes começaram a aparecer

Por Cassia Modena e Murilo Medeiros | 11/05/2025 12:20
Memória aquece coração de filhos em visitas a cemitérios no Dia das Mães
Marian chora ao lembrar do laço forte que tem com a mãe (Foto: Henrique Kawaminami)

Os vendedores de flores chegaram cedo, mas os visitantes demoraram a aparecer nos cemitérios por conta do friozinho das primeiras horas desta manhã de Dia das Mães (11). A reportagem visitou o Jardim das Palmeiras e Santo Amaro, em Campo Grande.

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Em Campo Grande, o Dia das Mães foi marcado por homenagens nos cemitérios Jardim das Palmeiras e Santo Amaro. Apesar do frio, filhos visitaram os túmulos de suas mães, relembrando momentos e expressando a saudade. Marian Jamil Neres, que perdeu a mãe há dois anos, descreveu o elo materno como inseparável. Já o empresário Valmir Barbosa Santos, cuja mãe faleceu há seis meses, mantém a tradição de visitas semanais ao cemitério. A data também evocou memórias para Francelina Toriy, que prestou homenagem à mãe, pai e irmã, e para Dani Thiele Ferreira, que visitou o túmulo de sua mãe adotiva. Para Fátima Veiga, a visita ao cemitério no Dia das Mães representa a continuidade do forte laço que mantinha com a mãe. As histórias ilustram a importância da data para aqueles que perderam suas mães e buscam manter viva a memória e o afeto.

Por volta das 10h, a personal trainer Marian Jamil Neres, 46, esteve no Jardim das Palmeiras para matar a saudade da mãe falecida há dois anos.

"É um elo que não tem como separar. O cordão umbilical fica para a vida inteira", diz a filha, entre lágrimas.

Memória aquece coração de filhos em visitas a cemitérios no Dia das Mães
Abraço também aquece e ajuda a lidar com a perda (Foto: Henrique Kawaminami)

A visita contraria o que Marian falava que nunca iria fazer. "Eu dizia que não teria motivos para ir ao cemitério porque a pessoa não estava mais ali. Ao perdê-la, percebi que era diferente. Minha mãe era a minha própria existência, ela só está em outro plano, mas vai continuar sendo a minha vida", se emociona novamente.

O empresário Valmir Barbosa Santos, 61, foi visitar o túmulo da mãe também no Jardim das Palmeiras. Ela se foi há apenas seis meses.

As memórias ficam mais nítidas neste dia. "A gente sempre reunia a família toda, os 7 filhos dela. Agora minha mãe está sozinha aqui, por isso eu venho pelo menos uma vez por semana. Quero homenagear e matar a saudade que está lá no fundo do coração", conta.

Memória aquece coração de filhos em visitas a cemitérios no Dia das Mães
Francelina chora e sente "saudade boa" da mãe, pai e irmã (Foto: Henrique Kawaminami)

No mesmo cemitério, Francelina Toriy, 60, homenageou a mãe, o pai e a irmã. Ela estava acompanhada pelo marido.

"Eu venho porque minha mãe ensinou a fazer isso. Toda vez a gente tinha que vir no cemitério no Dia das Mães, Dia dos Pais e aniversário. Continuo essa tradição. Rezo, trago flor e acendo vela para todas as almas. A lágrima cai, a saudade aperta, mas é uma saudade boa", afirma.

Já no cemitério Santo Amaro, a comerciante Dani Thiele Ferreira, 52, era uma das que tentava aliviar esse luto que muitos consideram o mais doloroso da vida.

Memória aquece coração de filhos em visitas a cemitérios no Dia das Mães
Saudade da mãe adotiva transborda no choro de comerciante (Foto: Henrique Kawaminami)

Enquanto homenageava a mãe adotiva, as lembranças vieram com força.

"Ela me adotou no hospital. Quando eu nasci, minha mãe biológica não podia cuidar de mim e ela me acolheu. Sempre foi um exemplo de retidão, sinto muita falta da presença física dela, mas tenho certeza que ela sempre está conosco", falou.

Ir ao cemitério é compromisso todo Dia das Mães. "Eu acredito que ela está no mundo espiritual, mas continuamos tendo uma ligação muito forte. Nesses dias de comemoração, é importante a gente, que está vivo, trazer nossa energia para cá", finalizou.

Memória aquece coração de filhos em visitas a cemitérios no Dia das Mães
Fátima era inseparável da mãe (Foto: Henrique Kawaminami)

A aposentada Fátima Veiga, 67,  foi visitar a mãe sepultada no Santo Amaro. É o consolo possível.

"Vivemos juntas por 30 anos e ficamos unidas até o final, quando ela estava no hospital. Sinto falta do abraço dela porque sempre quando eu acordava, ela vinha me abraçar. Venho porque ela nunca me deixou sozinha", diz a filha.

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