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Comportamento

Na era do download, garotada redescobre chiado do vinil e toma gosto por coleção

Anny Malagolini | 21/06/2014 07:34
Laura faz parte da nova geração com gosto pelo vinil. (Fotos: Marcelo Victor)
Laura faz parte da nova geração com gosto pelo vinil. (Fotos: Marcelo Victor)

O chiado do vinil empolga. Por isso, em meio a tanta tecnologia, tem muita gente nova redescobrindo o momento de ouvir uma música na vitrola.

A indústria sabe disso e o vinil vem ressurgindo no mercado, com lançamentos inéditos e versões atualizadas de cantores e bandas. Mas a estudante Laura Félix, de 16 anos, gosta mesmo é da 'velharia', da 'herança' de família. O gosto musical é surpreendente para uma menina dessa idade. Entre os favoritos, ela elege nomes como Luiz Gonzaga, por exemplo.

LPs da família foram parar em suas mãos, assim como o aparelho de som, que pertencia ao pai, ex-DJ. Da antiga profissão, restaram os equipamentos que hoje são de Laura ouvir os discos.

A jovem admite que o toca discos não é prático e por isso o momento de se colocar um vinil para rodar é especial. “Tem todo um clima, você faz uma seleção e consegue parar para ouvir e prestar atenção na música. O MP3 banalizou a canção”, critica.

O estudante Aram Amorim também faz parte da turma de 16 anos que redescobriu o vinil. Entre a coleção aparecem bandas como Metallica. Ele concorda que a diferença entre ouvir músicas na vitrola ou em um aparelho convencional é a atenção. “Eu paro para ouvir, é um ritual”, diz.

Um problema recorrente dos toca disco, e uma novidade para os novos apaixonados por discos está na falta de se encontrar agulhas. “Tenho uma vitrola parada porque não consigo encontrar a peça”, comenta Aram.

DJ paulista usa vinil para 'discotecar' em festa em Campo Grande.
DJ paulista usa vinil para 'discotecar' em festa em Campo Grande.

Dono da marca de camisetas “Touché”, o paulistano Fábio Castro, de 40 anos, começou como um bom ouvinte e agora é um dos incentivadores da onda retrô. Na semana passada apostou em uma festa com os LPs em destaque.

Morando em Campo Grande há três anos, no começo desse ele organizou a primeira feira do vinil, em sua loja, na rua Espírito Santo, evento que também tem feito a diferença nos finais de semana em outros pontos da cidade. Em São Paulo, a troca de discos, feiras e sebos são comuns, mas aqui só agora ganha força.

No sábado passado, Fábio trouxe da Terra da Garoa Djs para uma festa movida a vinil.

Rafael 'Spin', de 28 anos, começou a discotecar há 4 anos e é um dos apaixonadas pelo sistema das antigas. “Tocar com vinil dá mais prazer, apesar de o som não ser diferente pra quem está na pista”, comenta.

A vontade de Fabio é repetir a "Festa Black" dentro de dois meses.

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