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Comportamento

No aconchego da mãe, Liz é a força que Mari tem para fotografar famílias

Uma cena tão simples e que fala tanto sobre o amor, a família e o sustento

Paula Maciulevicius Brasil | 15/02/2020 07:33
Liz e Mariana, mãe e filha durante o trabalho na fotografia. (Foto: Arquivo Pessoal)
Liz e Mariana, mãe e filha durante o trabalho na fotografia. (Foto: Arquivo Pessoal)

Recém-nascida, Liz tinha pouco menos de 20 dias quando, no sling, saiu para fotografar com a mãe, Mariana Tavora. Filha caçula, a pequena é a companhia e o alento da fotógrafa, que sendo mãe solo, nunca está só até mesmo quando sai para trabalhar.

Mari tem 22 anos e, além de ser a mãe da Liz, é também da Valentina de 2 anos e meio. Campo-grandense, foi a maternidade que lhe trouxe de volta à fotografia, depois de anos de formação. "Fiz um curso de foto e comunicação visual, mas fiquei um tempo sem trabalhar. Depois que ganhei a Valentina, peguei o salário-maternidade e comprei minha primeira câmera", conta. 

A cena que hoje se repete já havia sido protagonizada pela menina mais velha, que no mesmo colo, encontrou aconchego enquanto a mãe editava fotos. Questionada se a reação dos clientes é positiva, ela responde que a maioria sim, embora ainda tenha quem ache "pouco" profissional. "Infelizmente, eu não tenho o que fazer, mas eu digo para a pessoa ficar tranquila, porque o produto que eu entrego no final é de qualidade e não altera em nada", assegura.

O sling, assim como a câmera, é a parte que completa Mari e a estreia dele foi num evento, que a fotógrafa não podia deixar de ir e não tinha com quem deixar a filha. "É o meu sossego na vida. Elas estão comigo ali, embaixo dos meus olhos, então consigo trabalhar tranquilamente", descreve. 

Não é só por ser fotógrafa com filho a tira colo que Mariana ouve críticas e sente os olhares. Ao se separar, grávida de novo, viu muita gente ficar indignada. "Como eu iria me separar com dois filhos e sem emprego fixo? Mas eu tive coragem de me separar e ficar sozinha", sustenta. 

O "dar conta de tudo" acontece, mas claro, que se estivesse em uma situação mais cômoda, seria melhor para ela e as filhas. "Mas é aquilo: todo mundo é capaz de ir atrás, filho não é impedimento, é o que dá força pra gente. Se não fossem elas, eu não sei se teria essa persistência toda", desabafa. 

Se é ela quem fotografa famílias, gestantes e casais, quem fez o registro de Liz? Foi o irmão de Mari, que é quem lhe acompanha nos trabalhos quando pode, como babá das pequenas. Os imprevistos acontecem, como com qualquer profissional, mas no caso de Mari, as características de um contratempo podem se resumir a uma cólica. E o que ela leva para o trabalho da maternidade é, além da paciência, o amor e a empatia. "Como eu tenho essa vivência com as minhas filhas, entendo, tenho mais paciência. Se não deu para fotografar hoje, a gente remarca", diz. A mesma proposta é feita também por ela que nem sempre encontra uma resposta sensível do outro lado. 

O ensaio clicado no dia do sling da foto seguiu tranquilo. Depois de mamar, Liz dormiu no peito da mãe. Quem quiser conhecer o trabalho de Mari, o Instagram dela é: @maritavorafotografia.

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Uma das gestantes clicadas por Mari. (Foto: Mari Tavora)
Uma das gestantes clicadas por Mari. (Foto: Mari Tavora)
Além da foto, bebê também está junto na edição. (Foto: Mari Tavora)
Além da foto, bebê também está junto na edição. (Foto: Mari Tavora)
Casal no trilho do trem, sob o céu azul campo-grandense. (Foto: Mari Tavora)
Casal no trilho do trem, sob o céu azul campo-grandense. (Foto: Mari Tavora)
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