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Comportamento

No sábado de casamento real, a lembrança do dia que Harry comeu churrasco em MS

Há 6 anos, o príncipe apareceu por aqui, a convite de um amigo e parou o Aeroporto de Campo Grande

Ângela Kempfer | 19/05/2018 07:10
Waldemar guarda até hoje no celular a foto com Harry em Miranda, durante passagem por fazenda em miranda
Waldemar guarda até hoje no celular a foto com Harry em Miranda, durante passagem por fazenda em miranda

No dia 14 de março de 2012, o Aeroporto Internacional de Campo Grande parou para conhecer um dos príncipes da Inglaterra. De repente, sem ninguém esperar, Harry, o sexto na linha de sucessão ao trono britânico, desembarcou por aqui após dois dias de férias em Miranda. Era o fim de uma passagem rápida por Mato Grosso do Sul, a convite do amigo Bernardo Klabin, proprietário de fazenda na região do Pantanal.

Jornalistas fizeram plantão no aeroporto, funcionários e passageiros tentaram ao menos um tchauzinho de Harry. Mas novamente, para a surpresa do brasileiro acostumado com ostentações, não houve solenidade, nem exigência de tratamento VIP. Ele subiu em uma aeronave comercial da TAM e voou para São Paulo, sem qualquer glamour.

Enquanto esteve por aqui, pouca gente conseguiu atenção da celebridade real, que neste sábado ganha o noticiário do mundo ao casar com a atriz americana Meghan Markle.

Um dos privilegiados daquela época prova em foto e com histórias que, além de levar Harry até Miranda, também apresentou o churrasco sul-mato-grossense ao príncipe. 

Príncipe chegou sem grande aparato, apenas com um segurança;
Príncipe chegou sem grande aparato, apenas com um segurança;
Harry embarcando para São Paulo no dia 14 de março, depois de passar por Miranda.
Harry embarcando para São Paulo no dia 14 de março, depois de passar por Miranda.

Depois de mais de 40 anos pilotando, Waldemar Sebastião de Mesquita lembra que em março de 2012 viveu horas de glória no Aeroporto Internacional de Campo Grande. “Foi o dia mais importante da minha vida. O aeroporto parou para mim. Foi o único dia que ganhei prioridade depois de tantos anos de serviço”, lembra.

Para levar o príncipe, antes ele precisou enfrentar a Polícia Federal. “Passei por entrevista de uma hora, para ver se eu era uma pessoa séria mesma, acho”, comenta. Harry vinha de Campinas (SP), cansado, embarcou e dormiu, conta Waldermar. "Só acordou na fazenda".

Em Miranda, tomou banho de rio, pescou, comeu bife na chapa e experimentou o churrasco do piloto. “Fiz picanha, claro, mas também assei uma costelinha de ovelha especial. Ele adorou”.

Alguns detalhes ficaram na memória de Waldemar, como características do rapaz simpático e muito simples. “Só andava de bermuda e descalço pela fazenda. Ligou para o pai dele quando estava aqui e tinha dificuldade de falar algumas palavras. Não conseguia dizer meu nome, então me chamava de ‘Moquito’”, lembra.

Pelo carinho que guarda ainda hoje, o senhor de 62 anos só deseja boas energias ao passageiro mais famoso de toda a carreira que hoje começa vida nova. "É um rapaz muito do bem. Merece ser feliz com a esposa dele", deseja o experiente piloto.

Na volta de Miranda, coube ao piloto José Eduardo Rolim Filho trazer o príncipe a Campo Grande. Em 2012, ele divulgou fotos ao lado de Harry, comentou a experiência, mas hoje prefere não falar sobre o assunto. "Não ganho nada mais com isso, nem propaganda", justifica.

Herdeiro da família real inglesa ao lado piloto José Eduardo Rolim Filho quando esteve em MS (Foto: Arquivo pessoal)
Herdeiro da família real inglesa ao lado piloto José Eduardo Rolim Filho quando esteve em MS (Foto: Arquivo pessoal)
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