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Comportamento

"O Gambito da Rainha" faz disparar procura de meninas pelo xadrez

Segundo profissionais do mundo do xadrez, série tem ajudado muito na disseminação do esporte e no encorajamento das mulheres

Lucas Mamédio | 25/01/2021 07:48
Beth Harmon, personagem principal "O Gambito da Rainha (Foto: Reprodução/Netflix)
Beth Harmon, personagem principal "O Gambito da Rainha (Foto: Reprodução/Netflix)

O Gambito da Rainha, minissérie que segue a vida de uma órfã prodígio do xadrez em sua ascensão ao topo do esporte, já é tida como uma das sérias mais populares da historia do serviço de streaming Netflix.

Um fenômeno deste tamanho não passa por nossas vidas sem causar algum reflexo, principalmente num contexto onde todos nós assistíamos algo no computador hoje em dia.

Segundo os profissionais do mundo do xadrez, houve um aumento significativo na procura de meninas pela prática do xadrez nas últimas semanas, e isso pode estar diretamente ligado à série.

Kariny praticando xadrez (Foto: Arquivo Pessoal)
Kariny praticando xadrez (Foto: Arquivo Pessoal)

Ricardo Miguel Duailibi, presidente da Federação Sul-mato-grossense de Xadrez, e professor, diz que ainda não começou a dar aula por conta da pandemia, mas tem recebido muitas ligações de mães de meninas interessadas pelo esporte.

“Realmente o xadrez, como todos os jogos, tem uma participação maior dos homens. Porém esse público de meninas está vendo que pode, por que a mulher tem o mesmo potencial intelectual, e tem tido sim uma procura muito grande”.

Laura Mayumi Hisano Shikasho é mãe de um casal que pratica xadrez. Ela viu de perto dentro da casa como ainda há uma disparidade de interesse no esporte.

Erik Kazuhiro Shikasho tem 13 anos e começou antes. Já Kariny Kaori Shikasho , de 10 anos, começou depois e só porque o irmão já praticava.

Erik começou antes da irmã (Foto: Arquivo Pessoal)
Erik começou antes da irmã (Foto: Arquivo Pessoal)

“O Erik começou a praticar o xadrez em 2015 em um projeto da escola Municipal Nagen Jorge Saad após a aula. Como a minha menina era pequena também queria se divertir com as peças ficava junto com o irmão na sala de aula. Aos poucos despertou o interesse pelo esporte”, explica a mãe.

Laura também consegue ver muito bem a diferença entre o comportamento da menina e do menino. “O meu menino tem mais o lado competitivo, se perde uma partida tenta buscar aprofundar mais. Em comparação a minha menina, se ela perde é como se não aconteceu nada. Deixa tudo fluir. Vai para a próxima rodada tranquila”.

Assim como na série, Laura acha que só o exemplo pode ajudar mais meninas a entrarem para o mundo do xadrez. “A importância da minha menina jogar xadrez é mostrar que as meninas também tem um potencial imenso neste esporte”.

Em Campo Grande, é possível saber mais sobre xadrez direto com Ricardo pelo telefone (67) 99989-7772.

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