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Comportamento

Pais conseguem na Justiça transferência de bebê com hidrocefalia para Santa Casa

Paula Maciulevicius | 09/08/2016 09:57
Fernanda nasceu prematura, com 655 gramas.
Fernanda nasceu prematura, com 655 gramas.
Pais, Rafael e Cheile, esperavam por bebê há quatro anos.
Pais, Rafael e Cheile, esperavam por bebê há quatro anos.

Desde a noite de ontem, os pais da menininha Fernanda Almeida Orrico, tomaram um novo fôlego de esperança. O bebê diagnosticado com hidrocefalia que está há sete meses no hospital conseguiu ser transferido da maternidade Cândido Mariano para a Santa Casa, através de uma liminar. A família já vinha tentando desde o final de junho. 

"Foi através da liminar que conseguimos a transferência e a cirurgia também", conta o pai, funcionário público, Rafael Orrico, de 42 anos. Conforme a família, Fernanda está no CTI pediátrico da Santa Casa e aguarda avaliação e exames do neurocirurgião para ter marcada a data da cirurgia.

A família sustenta que a operação é para colocar a válvula que fará a drenagem do líquido excedente do cérebro. Os únicos hospitais de Campo Grande aptos para o procedimento e o pós-operatório eram Regional e Santa Casa. A transferência sempre esbarrava na falta de vagas. Os pais têm plano de saúde e a operadora, Cassems, até chegou a tentar transferi-la para um hospital no Estado de São Paulo, mas a menina começou a passar mal ainda na ambulância, no trajeto da maternidade para o aeroporto. 

Para Fernanda ocupar o leito, um outro bebê teve de ser transferido da Santa Casa para o Hospital Regional. A menina chegou ao CTI por volta das 23h de ontem. "Para nós é um alívio. Ficamos muito tempo esperando e o tratamento estava parado. Não tinha como evoluir e essa possibildiade da cirurgia, vai ser a evolução dela", avalia o pai. 

Fernanda continua entubada e os pais não podem pegá-la no colo como gostariam. O bebê nasceu prematuro e foi tirado às pressas depois que os médicos perceberam no ultrassom que o cordão umbilical estava entupido. Fernanda nasceu com 655 gramas e com carência na formação de cálcio. O que hoje levanta também a suspeita da síndrome dos "ossos de vidro".

A luta dos pais é diária. A menina é o sonho deles que levou quatro anos para ser realizado. Em casa, o quartinho está todo pronto para recebê-la quando a alta vier. 

Em casa, o quarto cor de rosa está prontinho para quando Fernanda receber alta.
Em casa, o quarto cor de rosa está prontinho para quando Fernanda receber alta.
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