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Comportamento

Sonho realizado depois de 10 anos prova que buquê do Casório do Ano é poderoso

Naiane Mesquita | 22/06/2016 06:05
Denilza, com o buquê da sorte do Casório do Ano (Foto: Arquivo)
Denilza, com o buquê da sorte do Casório do Ano (Foto: Arquivo)

Denilza guarda até hoje o buquê que mudou a sua vida. Feito de pimentinhas e conquistado na primeira vez que o Casório do Ano foi realizado, ainda em 2012, o símbolo de boa sorte cumpriu tudo que prometeu: trouxe um casamento tão aguardado para a sua vida e iniciou um novo ciclo, cheio de novas conquistas.

Na época, ela trabalhava como doméstica e mantinha o costume de ler sites de notícias todos os dias. Quando as duas souberam da proposta do Casório foi encanto a primeira vista. Decidiu se inscrever no ensaio de quadrilha, mesmo com a companheira Maria Luiza com problemas de locomoção. Na hora achou um par substituto. “Eu sempre gostei muito de festa junina, fui no ensaio, dancei, peguei o buquê no dia e acreditei que daria certo”, afirma Denilza Da Rocha Gama Gonçalves, 35 anos.

A fé foi tão grande que não só moveu montanhas, como também resoluções. Em 2013, o casamento homoafetivo foi possível e as duas não hesitaram em subir ao altar. Denilza e Maria Luiza casaram no dia 31 de maio de 2014, na Morada dos Baís, em uma união coletiva.

“Estávamos há tantos anos esperando, era o sonho das nossas vidas, quando eu me casei foi maravilhoso. Eu guardo o buquê até hoje, fica na minha cozinha, como é feito de pimentinha, diz que tira o mau-olhado também”, brinca.

Denilza e Maria Luiza no casamento em 2014 (Foto: Arquivo Pessoal)
Denilza e Maria Luiza no casamento em 2014 (Foto: Arquivo Pessoal)

Denilza tem um jeito espontâneo e querido. Conta sem problemas que o amor das duas começou no ponto de ônibus, quando ela saindo de uma balada viu Maria Luiza pela primeira vez. Tudo isso há mais de dez anos.

“Eu estava em uma casa noturna e ela em outra. Amanheceu o dia a gente foi pegar o ônibus. Quando eu a vi de longe, nossa, falei para um amigo que queria conhecê-la. Meu coração bateu tão forte quando eu a vi. Ela foi relutante, diz que não queria ninguém. Ele insistiu e ela aceitou”, relembra.

A conversa de pouco tempo acabou em beijo e selinho trocado na porta do coletivo. “Quando o ônibus chegou, passei meu telefone para ela. Foi amor à primeira vista, eu até esqueci uma sacola, fiquei tão emocionada. Ela foi me entregar no ônibus e me deu um selinho. Falei para o motorista, ela é o amor da minha vida. Até hoje ele brinca comigo quando me vê”, ri.

A verdadeira história de amor só foi acontecer um ano depois, após vários telefonemas, encontros e desencontros. Mesmo assim, há dez anos as duas foram morar juntas e mantém a paixão viva apesar dos percalços. De sorte, Denilza diz que ainda deixou de trabalhar como doméstica e investiu na faculdade de assistência social, enquanto a companheira faz educação física.

“Tranquei nesse semestre apenas por um problema de saúde. Precisei fazer quatro cirúrgias na coluna, andei de cadeira de rodas, depois andador e agora de muletas”, descreve.

Mesmo assim, o Casório do Ano já está na agenda. “Quero dançar na festa junina, ainda dá para um arrasta pé”, diz, com toda a felicidade do mundo.

Este ano, o Casório será realizado no dia 2 de julho, às 18 horas, na Praça Cuiabá, na Cabeça de Boi. Além da banda Forró Zen, o evento terá comidas típicas, quadrilha e muita diversão. Informações pelo evento no Facebook.

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