Zoado, mas feliz: Sérgio trabalha no frio com pijama de tigre e unicórnio

Quem passa pela Travessa José Bacha, em frente ao Mercadão Municipal, se surpreende toda vez que a temperatura cai. Sem dar importância ao que o povo diz, o empresário Sérgio Rodrigues de Moraes, o ‘Serginho’, não pensa duas vezes antes de tirar do armário a coleção de macacões coloridos para recepcionar a clientela da chiparia e restaurante que ele toca desde 2021.

Tem pijama de tigrinho, leão, Pantera Cor-de-Rosa e até de unicórnio. Para o empresário, vestir os macacões coloridos, além de uma forma de espantar o frio, virou uma maneira divertida de trabalhar. “Eu comecei ano passado. Mas uso só uns dois dias e paro, porque é muito quente”, conta.

Serginho diz que comprou as fantasias em uma feira no bairro Guanandi. “Comprei na banca de um amigo. Paguei R$ 120 em cada uma, eu acho”, detalha. Segundo ele, as peças também são usadas em casa. “Eu durmo com eles também. Uso um, aí durmo, já acordo e já vou com ele mesmo”, confessa.

O restaurante em frente ao Mercadão virou ponto de encontro para quem busca um PF com preço em conta, com atendimento divertido. “Eu acho que é um diferencial. Sempre falo que o nosso forte aqui é o atendimento, a alegria. Acho que é isso que o povo gosta”, pontua Sérgio.

As crianças, claro, são as que mais se divertem com as roupas de pelúcia. “Elas ficam tirando foto, acham engraçado. Já os homens ficam rindo, fazem uma piada ou outra, mas eu levo na esportiva”, conta.

A família também entra na brincadeira. A esposa, Thais, apoia a ideia desde o começo. “Ele é bem extrovertido. Sempre está brincando com as pessoas, conversando, e dessa vez inventou de vir vestido assim”, diz. Para ela, o figurino diferente dá um charme a mais ao negócio. “Eu acho legal, é uma forma de chamar atenção”, completa.

A ideia surgiu de forma natural, assim como a trajetória do empresário. Em 2019, antes de se destacar com os pijamas no restaurante, Sérgio vendia chipa junto com a mãe em uma garagem alugada por um vizinho.

A mãe, companheira desde o início, faleceu em 2021, durante a pandemia. “Deus levou ela. Infelizmente antes de ver esse novo espaço”, comenta.

Antes das chipas, Sérgio trabalhou no mundo artístico. Foi figurante, assessor e produtor, rodando o Brasil e o mundo com artistas como Michel Teló, Maria Cecília e Rodolfo e até com o grupo Fat Family.

“Viajei para mais de 23 países com o Michel. Trabalhei com ele três anos. Quando saí da música pensei: ‘Deus, o que eu vou fazer?’. Aí Deus me deu o comércio de chipa e hoje o restaurante. Aqui sou feliz junto da minha família”, finaliza.

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