ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 27º

Consumo

Centenária, fazenda abriga vazante de família que desbravou Nhecolândia

Paula Maciulevicius | 24/11/2016 06:15
De Paulino Luiz de Barros a Nildo José de Barros, hoje a fazenda chega ao netos que carregam o mesmo sobrenome e se apresenta como Pousada Mangabal. (Foto: Fernando Barros)
De Paulino Luiz de Barros a Nildo José de Barros, hoje a fazenda chega ao netos que carregam o mesmo sobrenome e se apresenta como Pousada Mangabal. (Foto: Fernando Barros)

A 270 quilômetros de Campo Grande, a fazenda centenária abre a porteira para visitantes no Pantanal da Nhecolândia. O que tem de belo cenário, a Pouso Alto também tem de história. Em Corumbá, os 6,8 mil hectares abrigam a vazante que desagua no Rio Negro e que é testemunha do amor ao Pantanal ao longo das três gerações.

De Paulino Luiz de Barros a Nildo José de Barros, hoje a fazenda chega ao netos que carregam o mesmo sobrenome e se apresenta como Pousada Mangabal. "Era do meu avô, passou para o meu pai e hoje está com a minha mãe , comigo e meu irmão", conta o empresário Fernando Lima de Barros, de 54 anos.

No final da década de 90, a família resolveu aproveitar as casas de funcionários que estavam paradas para transformar o local em pousada. "Resolvi unir o gosto que já tenho pela fazenda e abrir a pousada", narra Fernando. 

Com quatro apartamentos, Mangabal funcionou até meados de 2012 e depois suspendeu as atividades com a morte de Nildo, em 2013. No ano passado, reformas e melhorias passaram a ser feitas para que Mangabal voltasse a receber visitantes, o que só foi se concretizar neste ano.

Seu Nildo, da segunda geração e que partiu em 2013. (Foto: Arquivo Pessoal)
Seu Nildo, da segunda geração e que partiu em 2013. (Foto: Arquivo Pessoal)

As belezas pantaneiras já começam no trajeto. Para chegar à fazenda, o acesso é pela estrada que entra pela cidade de Rio Negro, 60 quilômetros depois do Leilão do Corixão. 

A família dona da propriedade compõe o quadro de primeiros colonizadores da região. "Meu avô veio com o fundador da fazenda Firme, seu Joaquim Eugênio Gomes da Silva, o Nheco", explica Fernando.

O objetivo de se instalarem na divisa ao Norte com o Rio Taquari, ao Sul com o Rio Negro e a leste com a Serra de Maracaju foi a busca por novas terras para criação de gado. "E assim foram surgindo as fazendas de quem montava a sua a três, quatro léguas da sede", completa o empresário. 

Centenária, onde hoje é pousada, Fernando já brincou muito quando menino. "Morei aqui antes de entrar na idade e escolar e mesmo indo para a cidade, eu e meu irmão sempre vínhamos em todas as férias. Sempre tivemos bastante ligação com a vida na fazenda", descreve. 

O que pode ser encontrado lá além da paisagem? Jacaré, capivara, anta, quati, onça parda, jaguatirica e fora toda observação de aves. "Temos uma grande variedade de pássaros e paisagens, campos limpos e áreas fechadas com brejos, além da vazante de Mangabal", eumera o herdeiro.

Vista da vazante. (Foto: Fernando Barros)
Vista da vazante. (Foto: Fernando Barros)
Sol deixando tudo mais lindo. (Foto: Fernando Barros)
Sol deixando tudo mais lindo. (Foto: Fernando Barros)
Final de tarde na vazante mangabal. (Foto: Fernando Barros)
Final de tarde na vazante mangabal. (Foto: Fernando Barros)

O curso de água, em épocas de cheias pantaneiras, chega a ser bem fundo e corre em direção ao Rio Negro. "Essa região de vazante que concentra mais os bichos pela umidade", indica Fernando. 

Entre os serviços oferecidos aos turistas, a Mangabal tem cavalgada em parceira com outras fazendas superior a 10 dias.

As fotografias do lugar vem do próprio Fernando, fotógrafo por paixão, que desde os 17 anos nutre a paixão pelas lentes e pelo que ela é capaz de registrar. "Depois dos 30 que eu fui tomar conhecimento do ecoturismo ligado à fotografia de natureza e aí fui me interando mais e vi que dava para aliar", pontua.

Tendo feito cursos na capital paulista, Fernando se voltou a registrar o que lhe sempre foi inspiração: o Pantanal. "Fui me interessando e o Pantanal pra mim é tudo. É meu estudo, eu vou me desenvolvendo por ali, junto com a pousada e os fotógrafos que a visitam", diz. E claro que a fotografia não podia faltar. A pousada também oferece caminhada e o safari noturno, mas é bom reservar, porque a estrutura comporta até 16 turistas por vez.

"O que a fazenda é para mim? Meu lugar de trabalho, onde eu gosto e me sinto bem. É meu canto, minha casa", define Fernando. Informações sobre diárias e hospedagem podem ser tiradas pelo Facebook.

Ninho de tuiuiú. (Foto: Fernando Barros)
Ninho de tuiuiú. (Foto: Fernando Barros)
Por dentro da sede. (Foto: Fernando Barros)
Por dentro da sede. (Foto: Fernando Barros)
Vazante vira cenário incrível para fotos. (Foto: Arquivo Pessoal)
Vazante vira cenário incrível para fotos. (Foto: Arquivo Pessoal)
À espera dos turistas, café da manhã. (Foto: Fernando Barros)
À espera dos turistas, café da manhã. (Foto: Fernando Barros)
Saída de passeio. (Foto: Fernando Barros)
Saída de passeio. (Foto: Fernando Barros)
Os quartos. (Foto: Fernando Barros)
Os quartos. (Foto: Fernando Barros)
Centenária, fazenda tem de belo o mesmo que de história.(Foto: Fernando Barros)
Centenária, fazenda tem de belo o mesmo que de história.(Foto: Fernando Barros)
Nos siga no Google Notícias