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Na falta de dama de honra, cadela sharpei é quem leva as alianças para os noivos

Paula Maciulevicius | 24/10/2014 07:00
Mais que a graciosidade da dama ter quatro patas, Mia representava o caminho dos noivos até o "sim". (Foto: Vicente Barros)
Mais que a graciosidade da dama ter quatro patas, Mia representava o caminho dos noivos até o "sim". (Foto: Vicente Barros)

A cerimônia de casamento dos engenheiros Bruna e Rafael seguiu o que manda o protocolo. A noiva entrou com o pai, de branco e sobre os olhos de todos os convidados. Mas quem roubou a cena foi "Mia". Na hora de levar as alianças até o altar, o casal não tinha sobrinhos e nem crianças próximas na família que pudessem fazer as honras. Coube então à cadela da raça sharpei a missão de "selar" a união.

O casamento deles ocorreu em setembro do ano passado, na Casa Park, aqui em Campo Grande. Mais que a graciosidade da dama ter quatro patas, Mia representava o caminho dos noivos até o "sim". "Ela foi nosso primeiro cachorro de casal", explica a noiva, Bruna Luckmann Saratt, de 29 anos.

Quando os dois começaram a organizar e sonhar o casamento, não havia crianças que pudessem se encarregar das alianças. "Para não fazer nada, veio a ideia de colocar a Mia como se fosse a nossa filha. A gente comprou ela morando junto e queria que ela representasse isso, a nossa família", descreve Bruna.

Mia entrou acompanhada do cunhado da noiva, com quem já tinha afinidade. (Foto: Vicente Barros)
Mia entrou acompanhada do cunhado da noiva, com quem já tinha afinidade. (Foto: Vicente Barros)

Em casa, o treinamento foi feito pelos próprios donos. Com a música que seria a trilha sonora da entrada da sharpei, eles ensaiavam a caminhada dela. "À noite a gente sempre colocava a música e ia brincando com ela de andar com a coleirinha, ela é muito inteligente", observa o casal.

Com uma coroa de flores no pescoço, Mia entrou acompanhada do cunhado da noiva, com quem já tinha afinidade, até o altar. Enrolado no arranjo, estava uma pequena sacolinha com as alianças. "A hora em que ela viu a gente, ela deu a patinha, subiu em mim e foi fácil tirar a aliança", narra o noivo, Rafael Avezum de Almeida, de 31 anos.

Antes da entrada triunfal, Mia acompanhou toda a cerimônia de pertinho, próximo à uma árvore. Comportada, ela não latiu e nem quis que fosse percebida. Tanto é que surpreendeu os convidados. "Na hora que o pessoal viu, todo mundo falou "aaaaaah", foi muito engraçado", contam.

O casamento, como um todo, foi a cara dos noivos. Ela é engenheira ambiental e ele é de Produção. O contato com a natureza foi levado para dentro da cerimônia em cada detalhe.

A festa também reuniu amigos e familiares Campo Grande afora. "O Rafael não é de Campo Grande e nós fizemos faculdade em São Carlos, então aproveitamos o casamento como ocasião para conseguir juntar todo mundo", detalha Bruna.

Ao ver os donos no altar, Mia pulou de alegria. (Foto: Vicente Barros)
Ao ver os donos no altar, Mia pulou de alegria. (Foto: Vicente Barros)

A ideia, Bruna e Rafael, tiraram da imaginação e dos sonhos, mas serve de inspiração para muitos casais.

Ao Lado B, o adestrador Tony Cão, explica que a entrada no casamento é possível de ser treinada nos cães.

"Na verdade a gente consegue fazer ele pegar qualquer coisa, desde que você, o dono, mande. Ensinou a pegar, tem que ensinar a segurar e só soltar quando você diz "solta". Ele vai soltar na sua mão", exemplifica.

No caso de ensinar o cachorro a subir altar, é um pouco complicado não por causa do fato de levar, mas sim pela característica do animal. "Tem que ver se ele tem jeito para isso. Tem cachorro que é sedentário, que você joga uma bolinha e ele não se interessa", pondera Tony.

A forma de ensinar o cão é pela brincadeira, se o pajem ou a dama tiverem pré-disposição para o humor. "Tem que treinar muito ele no meio de gente, com palma, pessoas falando alto. Senão ele acaba estranhando", avalia. O tempo mínimo para o preparo neste caso, é de três a quatro meses, junto dos proprietários.

Já comemorando bodas de papel, Bruna e Rafael ainda não viram outro casal adotando a cadela como dama de honra. "Quando a gente pensou em fazer um casamento, teria que ser algo nosso. Não que as pessoas vão à festa e sim a nossa cara e ela representa o começo de um lar. A gente pegou ela bem pequenininha, cabia na palma da mão, no casamento, ela já estava grandinha. Hoje eu lembro do dia e é uma emoção inexplicável. Ela faz parte da nossa vida", resume Bruna.

Já comemorando bodas de papel, Bruna e Rafael ainda não viram outro casal adotando a cadela como dama de honra. (Foto: Vicente Barros)
Já comemorando bodas de papel, Bruna e Rafael ainda não viram outro casal adotando a cadela como dama de honra. (Foto: Vicente Barros)

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