Alunos que respeitam os pais e tiram notas boas ganham rolê em touro
Chocolate é um apaixonado por gado que decidiu criar um projeto diferente em Camapuã e encantar a criançada
Quem mora em Camapuã já sabe que toda vez que uma fila com dezenas de bois desfilando pelas ruas, montados por crianças e até adultos, só pode ser coisa do Chocolate. É assim que Ariovaldo Alves Pereira, de 58 anos, é conhecido na cidade.
RESUMO
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Em Camapuã, Ariovaldo Alves Pereira, conhecido como Chocolate, revitalizou um projeto social que promove cavalgadas com crianças e adolescentes pela cidade. A iniciativa, retomada após a pandemia, visa proporcionar uma alternativa de lazer saudável, afastando os jovens das telas e incentivando a interação social. As cavalgadas são gratuitas, com Chocolate fornecendo os animais e equipamentos. O projeto, que existe desde 1994, conta com regras para os participantes, como bom comportamento na escola e proibição de cigarro e bebida. A iniciativa tem ganhado popularidade, atraindo crianças de cidades vizinhas e recebendo elogios da comunidade. Pais, como Adriano Adames, veem o projeto como uma oportunidade de proporcionar experiências únicas aos filhos, como o presente de aniversário dado à sua filha Valentina, de 9 anos. A iniciativa demonstra o impacto positivo de ações sociais que promovem o bem-estar e o lazer para crianças e adolescentes.
Apaixonado por gado desde 1994, ele criou um projeto social que devolveu às ruas o costume das cavalgadas, agora com o novo propósito de tirar a criançada de casa e da frente das telas.
“Eu mexo com gado desde 1994, trabalho com doma de boi. Esse projeto existe desde essa época, mas estava parado. Na pandemia vi as crianças muito trancadas em casa, envolvidas com rede social, e eu também estava parado. Daí resolvi colocar em prática de novo meu projeto”, conta Chocolate.
A ideia é simples, mas poderosa. Crianças e adolescentes montam nos bois e passeiam pela cidade, tudo de graça. “Quem anda não paga nada. Os bois e os equipamentos são meus. As crianças só chegam e andam”, resume.
Apesar do clima leve e da farra garantida, Chocolate é firme nas regras. “Pra andar tem regra. Não pode responder pai e mãe, tem que estar bem na escola. Não aceito cigarro e nem bebida”, pontua. O passeio é aberto para todos. “Pode participar gente de toda idade, até 100 anos”, brinca.
Chocolate conta que, só no último evento, saiu com 50 bois para atender 70 crianças. “Nossa Senhora, criançada fica tudo louca, feliz. Rapaz, é um sentimento que não tem explicação, ver essas crianças alegres, saber que não estão envolvidas com coisa errada. Pra mim é muito gratificante”, avalia.
Segundo Ariovaldo, o trajeto sai do mangueiro onde ficam os animais e percorre as ruas da cidade. “Quando a gente vai passando, todo mundo sabe que é a gente chegando. O povo para pra tirar foto e fica olhando a fila de boi passando”,relata. E o projeto virou referência até fora de Camapuã. “Vem criança de cidade vizinha participar”, revela.
Apaixonada por cavalos, Valentina, de 9 anos, ganhou uma volta de boi pela cidade como um presente inusitado do pai. “Passei na rodovia esses dias, vi as crianças andando no boi e parei pra perguntar e descobrir”, conta Adriano Adames de Souza, pai da garota.
“Como minha filha gosta de andar a cavalo, quis fazer uma surpresa e trazer para andar no boi. Liguei para ver quanto iria custar, e o Chocolate me disse que é projeto social, que não cobraria nada”, explica.
Para ele, ações como essa precisam ser valorizadas. “Um projeto como esse deveria ser estimulado, ter parcerias para ajudar”, avalia. E, segundo Adriano, a surpresa deu certo: “A Valentina ficou muito animada”, completa.
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