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Diversão

É caro sair em Campo Grande? Baladeiros dão as alternativas

Anny Malagolini | 21/08/2012 11:57
Noite no Mercearia, um dos bares mais lotados da cidade. (Fotos: Minamar Júnior)
Noite no Mercearia, um dos bares mais lotados da cidade. (Fotos: Minamar Júnior)

A cada fechamento de bar ou boate, a justificativa dos baladeiros é que a noite de Campo Grande é muito cara, por isso só vinga quem cobra menos. Será?

Em uma dessas de sexta-feira, o Lado B percorreu baladas para saber a opinião de quem curte noitadas pela cidade e quais a alternativas criadas para não consumir todo o orçamento com diversão.

Começamos por um dos bares mais lotados, o Mercearia. Sentados em uma das mesas, os amigos Augusto Espinal, 34 anos, Ana Lucia Contini, 37, e Cristiane Danzer, 34, ensinam a fórmula para continuar na balada do início ao fim do mês. “Tem de sair só aos fins de semana”, dizem.

Mesmo assim, ninguém considera os preços algo distante de outras capitais por aí."O preço da vida noturna na cidade é normal”, garante Ana Lúcia.

O negócio é adequar o bolso ao lugar, lembra Augusto, que contabiliza cerca de R$ 150,00 por noite, quando a opção é o boteco. “Os pubs e boates têm valores mais altos e o dinheiro gasto em uma noite chega a triplicar em relação aos bares”, comenta.

O estudante Diego Moreira, 22 anos, estufa o peito para dizer que gasta praticamente todo o salário com as baladas. Os R$ 800,00 do trabalho com o pai duram 2 semanas, depois a despesa corre por conta do “paitrocínio”. “É que em Campo Grande, o mínimo que se gasta é R$ 50 por noite”.

Gabrieli Gonçalves tem a mesma idade, 22, mas prefere gastar com sapatos e roupas a sair durante a semana. “Eu gasto no máximo 20% do meu orçamento com balada. Quando saio, o limite é de 100 reais”.

Parece que a fama de consumistas das mulheres não se aplica à noite. Os homens são os que mais gastam, sem nenhum remorso, quando o assunto é balada.

Sara Maria diz que o esquema para curtir sem gastar muito é a colaboração entre amigos.
Sara Maria diz que o esquema para curtir sem gastar muito é a colaboração entre amigos.

O advogado Henrique Cabral, 25 anos, diz que chegou a gastar R$ 1 mil em uma festa. A justificativa é que trabalha bastante, então sai pouco, mas quando encara um programa gasta em média R$ 200,00. “Gasto 90% por cento do orçamento com o balada e os 10% restantes são do garçom”, brinca.

O preço médio de entrada em uma casa noturna em Campo Grande gira é de R$ 20,00 a R$ 60,00. Os preços também variam de acordo com o gosto musical, já que as baladas eletrônicas são as mais caras. A cerveja custa em média R$ 6,00.

Antônio Neto, 23 anos, veio de Cassilândia, junto da amiga Marina Paro Elias, 21 anos, que saiu de Três Lagoas. Toda semana eles têm encontro marcado na balada campo-grandense.

A publicitária Marina acha caro sair em Campo Grande, a partir da comparação com Três Lagoas, principalmente para ir às casas sertanejas. “Aqui é muito caro para entrar nos lugares, mas o valor das bebidas é quase o mesmo. Eu gosto de sertanejo, e o valor cobrado é altíssimo.”

Antônio Neto se considera o “mão de vaca” da turma. “Meu limite é R$ 50,00. Moro sozinho, então preciso dar conta dos gastos, tenho outras prioridades”.

Para quem não tem a mordomia da mesada do pai, ou dá prioridade a outros gastos, uma estratégia atual são os “esquentas”. Uma vaquinha na casa de um amigo resolve o estoque de bebida para encarar a noite mais animado, sem gastar muito.

A fórmula tem dado certo para estudante Sara Maria, de 20 anos. Na sexta-feira, os R$ 20,00 na carteira eram suficientes para curtir a noite toda. “Se faltar, a gente continua na base da colaboração entre amigos”.

É claro que esta matéria não acaba aqui, vamos aos comentários.

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