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Diversão

Escolas reverenciam a mulher e a miscigenação na 1ª noite de desfiles da Capital

Alan Diógenes | 17/02/2015 04:14
Unidos do Aero Rancho levou enredo que referênciava a mulher. (Foto: Marcos Ermínio)
Unidos do Aero Rancho levou enredo que referênciava a mulher. (Foto: Marcos Ermínio)
Deputada Mara Caseiro foi a homenageada. (Foto: Marcos Ermínio)
Deputada Mara Caseiro foi a homenageada. (Foto: Marcos Ermínio)

As escolas do grupo de acesso de Campo Grande tiveram que “ralar” para animar o público intimidado diante da chuva que atingiu Campo Grande na noite de segunda-feira (17). Com mais de uma hora de atraso, a Herdeiros do Samba entrou somente com crianças na avenida, mas quem chamou mesmo a atenção foi a Unidos do Aero Rancho, que destacou o combate à violência contra a mulher na avenida.

A agremiação do maior bairro de Campo Grande trabalhou um refrão até singelo: “Chega de violência daquela que dá amor”. O enredo trouxe palavras com elogios à mulher do tipo “rainha do lar”, “mulher guerreira, linda e maravilhosa" e "bonita, charmosa, trazendo alegria". Sem nada muito elaborado por conta do baixo orçamento, o tema serviu para levantar um problema sério, a violência doméstica. 

A homenageada foi a deputada estadual Mara Caseiro (PT do B), destaque no último carro alegórico com fotografias de mulheres vítimas de violência. Uma alegoria inspirada no Congresso Nacional lembrou a necessidade de reforçar as ações para combater este tipo de crime.

A escola não trouxe uma rainha de bateria e sim cinco, exatamente para destacar a mulher. "As mulheres sempre tiveram o poder, desde quando Eva influenciada pela cobra comeu a fruta proibida. Temos que valorizar elas, nossas mães, professoras, médicas e quem nos fez se tornar cidadãos", destacou o presidente da escola, Alberto Vieira de Matos.

A Cinderela Tradição do José Abraão também não fez feio no primeiro dia de desfiles. Levou três dos mais bonitos carros alegóricos da noite. Com o enredo miscigenação, as alas foram divididas em italianos, índios e até escoceses

Já a Unidos do São Francisco apresentou o tema "Os frutos do Cerrado". Para ilustrar o enredo, as baianas traziam nas mãos bandejas com o pequi, fruto usado nos pratos típicos de Mato Grosso do Sul. "Temos que valorizar nossa cultura e nada melhor que trazer para a avenida a culinária tradicional. A idéia era trazer um tema diferenciado e é nisso que estamos apostando para vencer", explicou o presidente da escola Alemahmud Tras, 61 anos.

Jovem de Taiwan ficou impressionada com desfile. (Foto: Marcos Ermínio)
Jovem de Taiwan ficou impressionada com desfile. (Foto: Marcos Ermínio)
Senhores com disposição de sobra fizeram parte do público. (Foto: Marcos Ermínio)
Senhores com disposição de sobra fizeram parte do público. (Foto: Marcos Ermínio)

A Herdeiros do Samba formada apenas com crianças foi criada há 8 anos e não é pontuada. Mesmo assim teve que respeitar algumas regras. "Temos que seguir a risca o que a lei pede. As crianças não podem vestir roupas curtas e nem fazer gestos obscenos, por exemplo. Tudo isso para mostrar que a exploração sexual de menores é um crime que precisa ser coibido", destacou a presidente Fátima da Luz.

Além disso o grupo convidado Afoxé desfilou pela avenida com cerca de 20 participantes sem também ser pontuado. O samba falava da luta do negro durante a escravidão, dizendo: "Meu brilho é diferente, luto pela liberdade e pela alegria. Sou negro, sou magia".

O público de cerca de 3 mil pessoas elogiou a estrutura, organização e segurança do evento. "Tem bastante policiais, então nós nos sentimos seguros. Nos outros anos não foi assim. Só acho que deveria ter mais divulgação", disse o pintor automotivo Marcos Costa, 53 anos.

Jovens, famílias, senhores e crianças ocuparam as arquibancadas. A intercambista Chen Liu, 17 anos, de Taiwan, conheceu o Carnaval brasileiro em uma versão bem mais humilde que as divulgadas pelo mundo, mas gostou. "Muito bom, gostei porque não conhecia", falou.

Mesmo não tendo a mesma disposição dos jovens, Vivaldo Guerra, 84 anos, não perdeu a noite de folia. "Está 100%, algo que nunca tinha visto antes. Tinha costume de ir na Avenida Fernando Corrêa da Costa, mas este ano resolvi mudar meu roteiro", apontou.

A secretária Zilda Gonçalves, 60 anos, também foi à avenida acompanhada da sobrinha de 5 anos, que estava toda fantasiada. "Trouxe ela porque as crianças precisam saber desde cedo como é bonito o Carnaval, um dos maiores orgulho dos brasileiros", mencionou.

O estudante João Carlos, 22 anos, trocou a folia dos blocos da Capital para conhecer o desfile das escolas de samba. "É a primeira vez que venho. Aprovei, está bem bacana, tem polícia e tem organização", finalizou.

O desfile das escolas de samba continua na terça, com o grupo especial, a partir das 19h. Veja a ordem:

1 - GRES Deixa Falar
2 - GRES Unidos da Vila Carvalho
3 - GRES Os Catedráticos do Samba
4 - GRES Unidos do Cruzeiro
5 - GRES Igrejinha

Ala da baianas fizeram a alegria do público nesta CarnaTop. (Foto: Marcos Ermínio)
Ala da baianas fizeram a alegria do público nesta CarnaTop. (Foto: Marcos Ermínio)

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