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Diversão

Na avenida do samba, 10 mil pessoas e nenhuma dor de cabeça para a PM

Ângela Kempfer | 13/02/2013 03:02
Avenida lotada, mas público não deu trabalho à PM. (Fotos: Joâo Garrigó)
Avenida lotada, mas público não deu trabalho à PM. (Fotos: Joâo Garrigó)
Na avenida do samba, 10 mil pessoas e nenhuma dor de cabeça para a PM

Desfile de escolas de samba é programa de família em Campo Grande. Mesmo com a avenida lotada até a última escola passar, a Polícia Militar não teve trabalho. “Foi tudo muito tranquilo. São muitas crianças dançando, casais de namorados, os pais se divertindo”, diz o major Mário Ajala.

O público, “entre 10 e 12 mil pessoas”, segundo o oficial da PM, teve comportamento exemplar, pelo menos durante a festa. “Não tivemos nenhuma ocorrência”, confirma o major. As quatro arquibancadas ficaram cheias de gente naturalmente alegre, sem muitas latinhas de bebida em exibição.

“Nesse tipo de festa, a gente vê o povo embriagado, mas aqui quase não vi gente com cerveja na mão”, comenta Eunice Castelhani, de 55 anos. Com as duas netas pequenas, a senhora diz ter ficado encantada com o programa desta terça-feira. “Vim meio desconfiada, porque é muita gente. Mas o espaço é tão grande, agradável, que dá para pular Carnaval sem problemas e de graça”.

Mesmo depois das 4 escolas do grupo especial desfilarem, lá pela 1h da madrugada, a maioria das crianças na platéia continuava com os olhos abertos e dispostos a ver mais. “Achei muito rápido”, diz com cara de chateada a fadinha cor-de-rosa, Nicole Rocha, de 5 anos, já no colo do pai, a caminho de casa.

Valéria arrastou os cinco filhos para o desfile: dois adolescentes - com cara mais de contrariados, e 3 crianças, parecendo bem mais dispostas à bagunça. Ao lado do marido, bem maquiada e produzida para a ocasião ela só lamenta ser a mais animada da turma. “Por mim ficava até o terminar tudo, mas se os menores ficarem com sono, vou ter de ir para casa”.

Mel foi fantasia para o desfile.
Mel foi fantasia para o desfile.

Como a festa é diversão para a família inteira, a empresária Dorisday Nantes, de 48 anos, levou até a cadelinha Mel para acompanhar o desfile. A poodle branca ficou no colo, com lacinhos e chapéu, bem no clima da noite.

Há 15 anos a dona mora na região, mas pela primeira vez tomou coragem e seguiu o som da bateria até a Praça do Papa. “Tive uma boa surpresa. É muito bem organizado, sem bagunça e as pessoas que desfilam parecem muito envolvidas. Gostei”.

Para quem se aventura pela primeira vez, os preconceitos sobre o Carnaval de Campo Grande vão caindo por terra. “Vim porque minha irmã resolveu desfilar. A gente pensa que só tem gente feia, mas vi cada mulher bonita, de deixar a gente com vergonha”, admite a bancária Katiusca Perez, de 27 anos.

Nos desfiles as crianças também deramo tom "família" ao Carnaval de Campo Grande. Como madrinhas mirim de bateria, ou em alas infantis, a meninada mostrou que tem samba e disposição suficientes para levar por muitos anos as escolas de samba.

Giovana é sobrinha do presidente da Unidos do Cruzeiro. No ano passado tocou na bateria da escola e em 2013 foi a novidade entre os puxadores do samba da escola. "É o que eu mais gosto na vida", sentenciou aos 11 anos de idade.

Giovana, a puxadora mirim da Cruzeiro.
Giovana, a puxadora mirim da Cruzeiro.
Só sorrisos no desfile da Unidos do Cruzeiro.
Só sorrisos no desfile da Unidos do Cruzeiro.
Pequena madrinha da bateria da Catedráticos.
Pequena madrinha da bateria da Catedráticos.
Na mesma escola, os contos de fadas levaram alas inteiras de crianças.
Na mesma escola, os contos de fadas levaram alas inteiras de crianças.
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