ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 21º

Diversão

O Jóquei Clube já teve boate. Quem se lembra da época?

Anny Mallagolini | 22/11/2012 08:00
Espaço hoje vazio, sem serventia no Jóquei Clube. (Foto Minamar Júnior)
Espaço hoje vazio, sem serventia no Jóquei Clube. (Foto Minamar Júnior)

O carpete virou piso de cerâmica e as mesas forradas com couro foram substituídas pelo plástico. O lugar já frequentado pela “nata” de Campo Grande, agora é apenas um salão.

Há 30 anos, o fervo era certo em dias especiais na boate do Jóquei Clube. Um lugar que poucos ainda lembram e diante de tanta informação desencontrada, até parece lenda urbana. Por isso o Lado B resolveu buscar a história, uma tarefa bem difícil.

A versão oficial é de que o difícil acesso, em área considerada perigosa já naquele tempo, foi decisiva para a decadência, diz o ex-presidente do Jóquei Clube, Carlos de Sanarro.

“Era muito longe, e com o passar do tempo foi esvaziando, assim como qualquer coisa em Campo Grande. No começo e moda e depois fica decadente. Com a boate não foi diferente, e ela foi decaindo”, explica o homem que administrou o hipódromo e 1977 a 1980.

Um dos fiéis frequentadores, o representante comercial Jorge Hansen, lembra bem da boate, que se tornou moda entre os jovens nas décadas de 70 e 80. “Assim como hoje tem a Move, nós tínhamos a boate do Jóquei”, compara o senhor de 50 anos.

Entra do Jóquei, por onde as pessoas entravam para a boate.
Entra do Jóquei, por onde as pessoas entravam para a boate.

Uma vida toda dedicada aos cavalos. Essa é a história do treinador Paul Vicente Ferreira, de 65 anos, que desde criança, com nove anos de idade, trabalha no Jóquei clube de Campo Grande.

Ele foi jóquei ativo de 1949 a 1962 e lembra da boate, apesar de nunca ter participado de qualquer festa realizada ali.

“Eu não ia à boate, era coisa da alta sociedade, a entrada era com tapete vermelho. Onde já se viu a gente participar dessas coisas, tudo era caro”, conta aos risos.

O espaço foi “passando de mão em mão”, garante Paulo, e acabou falindo no inicio da década de 90. Desde então, ninguém teve interesse em investir na reabertura.

Agora, é ver o tempo passar na monotonia de um Jóquei sem competições e sem badalação. “Está tudo parado. As novas gerações já não se interessam pela competição. Os que se interessavam estão ficando velho e morrendo”, lamenta.

Os tempos de ouro do hipódromo se passaram há muito tempo. O local já não tem prestigio.

Como o Jóquei já não tem corridas de cavalo e passou a ser uma das poucas opções para grandes eventos na cidade, vai aí uma dica. Que tal alguém investir no espaço que já serviu de boate?

Nos siga no Google Notícias