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Diversão

Público pediu e bloco “Mana Cê Tá Lôca” foi pra rua dar play no Carnaval 2020

Mais que diversão, envolvimento da Casa Satine é mais um gesto acolhedor à comunidade LGBTQI+

Danielle Valentim | 19/01/2020 07:15
Lançamento do bloco ocorreu às 16h, mas a festa rolou até 1h da madrugada. (Foto: Henrique Kawaminami)
Lançamento do bloco ocorreu às 16h, mas a festa rolou até 1h da madrugada. (Foto: Henrique Kawaminami)

A comunidade LGBTQIAP+ (Lésbicas, Gays, Bi, Trans, Queer/Questionando, Intersexo, Assexuais/Arromânticas/Agênero, Pan/Poli, e mais) pediu e a Casa Satine atendeu. O bloco "Mana Ce Lôca" foi lançado ontem, dia 18, para valorizar a identidade e garantir diversão com segurança. Depois de abraçar o coreto no ano passado, a bandeira gigante com as cores do arco-íris tomou o cruzamento da Calógeras com Antônio Maria Coelho.

A festa começou às 16h e se encerrou próximo à 1h da madrugada. O coordenador da Casa Satine, psicólogo e pedagogo Leonardo Bastos explica de onde surgiu a ideia. “A Casa Satine tem três núcleos, um deles o de ser um espaço cultural LGBT. As pessoas pediam muito para que fizéssemos um bloco para a comunidade, assim como tantos outros eventos”, explica.

"As pessoas pediam muito para que fizéssemos um bloco para a comunidade, assim como tantos outros eventos”, explica Leonardo. (Foto: Henrique Kawaminami)
"As pessoas pediam muito para que fizéssemos um bloco para a comunidade, assim como tantos outros eventos”, explica Leonardo. (Foto: Henrique Kawaminami)

Em 2019 não deu tempo, mas para esse ano, a equipe arregaçou as mangas e planejou folia para todos os finais de semana até o carnaval. “Agora, depois desse lançamento, teremos três gritos de Carnaval, o primeiro, no dia 26, na Pink Limonade, o segundo, no dia 8, no Bola 7 e o terceiro na Praça Cuiabá, no dia 15 de fevereiro. Todos os finais de semana até o dia 22, quando ocorre o desfile do bloco”, pontua Leonardo.

O servidor público Artur Miashiro, de 33 anos, não perdeu a oportunidade de prestigiar o evento. “Eu sou uma das pessoas que torciam para que a Casa Satine lançasse um bloco. Já cheguei cedo, estou comendo para beber depois”, pontua.

A também servidora pública Laila Oliveira de Moraes, de 33 anos, tratou de chegar cedo, pois para ela bloquinho é para ser curtido no sol. “Tem que ser de dia para gente aproveitar bastante. Essa é a primeira vez que venho a um evento da Casa Satine e hoje fui convidada. A gente não fica muito sabendo das coisas que acontecem em Campo Grande. Fiquei sabendo hoje, ele disse: Vamos? E eu respondi: Vamos. Estamos a um mês do Carnaval, então, temos que curtir. Espero ansiosa pelos bloquinhos todos os anos”, garante.

Artur não perdeu a oportunidade de prestigiar o evento.(Foto: Henrique Kawaminami)
Artur não perdeu a oportunidade de prestigiar o evento.(Foto: Henrique Kawaminami)
Laila  tratou de chegar cedo, pois para ela bloquinho é para ser curtido no sol. (Foto: Henrique Kawaminami)
Laila tratou de chegar cedo, pois para ela bloquinho é para ser curtido no sol. (Foto: Henrique Kawaminami)

O engenheiro ambiental Antônio Caique, de 27 anos, é um admirador do trabalho da Casa Satine e sempre que pode apoia a causa. “Sempre vou aos eventos da Casa, torcia por bloquinho porque é um causa da qual a gente faz parte”, ressalta.

A rainha do bloco, a drag queen Aurora Blac Copacabana performou ao lado de Rafa Spears, que foi coroada a madrinha deste ano.

“O bloco é mais um caminho que a gente tem para mostrar nossa união ao público de fora. E uma união, não só para as festas, no caso do Carnaval, mas como o trabalho da Casa Satine, que tem essa função do acolhimento, então, hoje se dá início a uma etapa de festa, mas a gente também faz o social”, pontua Aurora.

Um dos principais objetivos do bloco é garantir que a Comunidade LGBTTTQI se sinta segura para aproveitar a maior festa brasileira. “Apesar de ser Carnaval, um momento de festa, a galera LGBT fica oprimida nos outros blocos, principalmente na questão da segurança. Então, nós queríamos um espaço para valorizar nossa identidade e que a galera pudesse se sentir segura”, ressalta Leonardo.

Rainha do bloco, a drag queen Aurora Blac Copacabana performou ao lado de Rafa Spears. (Foto: Henrique Kawaminami)
Rainha do bloco, a drag queen Aurora Blac Copacabana performou ao lado de Rafa Spears. (Foto: Henrique Kawaminami)
Benjamin ressalta a importância da iniciativa da Casa Satine. (Foto: Henrique Kawaminami)
Benjamin ressalta a importância da iniciativa da Casa Satine. (Foto: Henrique Kawaminami)

O funcionário público Benjamin França Tavares, de 31 anos, ressalta a importância da iniciativa da Casa Satine. “Fiquei muito feliz quando soube, afinal, os LGBTQI+ já passam por muitos problemas com a família e etc. E a Casa Satine tem tudo, tem psicólogo, tem assistente social. O importante não é só a bandeira, mas as pessoas, precisamos dar amor e acolhimento. Não só com questões físicas, mas psicológicas”, pontua.

Toda a portaria do lançamento será revertida para o desfile do bloco que acontece, no dia 22 de fevereiro, na frente da Pink Limonade. A rua será fechada e sacada se transformará numa espécie de trio elétrico. “Lá é um espaço já conhecido dentro da cena LGBT e a gente achou que seria o local mais bacana para o nosso bloco”, finaliza.

Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563 (chame agora mesmo).

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