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Diversão

Sem Noite da Seresta, Quinta Gospel é ilegal, reclama Fórum de Cultura

Ângela Kempfer e Kleber Clajus | 11/04/2014 11:05
Ontem, Quinta Gospel foi retomada com Oficina G3. (Foto: Cleber Gellio)
Ontem, Quinta Gospel foi retomada com Oficina G3. (Foto: Cleber Gellio)

Desde novembro do ano passado a Praça do Rádio Clube não recebe seresteiros. Atração durante quase 14 anos na cidade, a Noite da Seresta mudou de nome na administração Alcides Bernal e foi minguando, até acabar em 2013, ironicamente com o grupo "Acaba".

O que o Fórum de Cultura de Campo Grande reclama é que, além da alternativa das antigas desaparecer, a prefeitura está descumprindo a legislação. “Pela lei municipal que cria a Quinta Gospel, esses shows devem acontecer na quinta-feira que antecede a sexta-feira da Noite da Seresta", o que torna o evento realizado ontem na Praça do Rádio ilegal, avalia o Fórum.

A norma foi instituída para diminuir custos, já que a montagem da estrutura necessária serviria aos dois shows. A lei é de 2012 e também prevê a realização na última quinta-feira de cada mês, o que não foi o caso de ontem.

Quando aprovada, a justificativa era de que na cidade cerca de 35% dos moradores são evangélicos e precisam de eventos do tipo.

O prefeito Gilmar Olarte e a nova presidente da Fundac, Juliana Zorzo, são evangélicos, assim como o ex-prefeito Alcides Bernal, condição que deixa os artistas de olhos abertos como nunca, sobre possíveis privilégios aos eventos da Igreja.

Ontem, Olarte esteve na Quinta Gospel, que reuniu milhares de pessoas para show da Oficina G3. O evento, patrocinado pela prefeitura, também estava paralisado e agora é retomado com uma das bandas cristãs de rock mais antigas e famosas do Brasil.

Já sobre a Noite da Seresta, ou Seresta Morena (como passou a ser chamada), não há qualquer notícia sobre o retorno.
A presidente da Fundac diz que agora é momento de colocar a Fundação em ordem, para só depois retomar o calendário de atividades.

Ela garante que a edição da Quinta Gospel já estava programada e admite que desconhece a lei que criou os dois eventos, por isso não sabe das condições para realização.

Mas Juliana anuncia que vai tratar disso no fim de semana e aproveita para pensar alto. “Já cogitou-se até em de trazer a Alcione. Vamos analisar a questão".

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