Vítima de covid-19, Nicette Bruno morre no Rio de Janeiro
A atriz estava internada desde o dia 29 de novembro, mas acabou não resistindo depois de contrair uma pneumonia no leito da UTI
Morreu na manhã de hoje (20) a atriz Nicette Bruno. Aos 87 anos de idade, foi mais uma vítima a perder a vida para a covid-19. Ela estava internada com a doença desde o dia 29 de novembro, em uma UTI (unidade de terapia intensiva) no bairro do Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro. Até então viúva de Paulo Goulart, ela deixa 3 filhos.
Em comunicado, a Casa de Saúde São José informou que o estado de saúde da atriz “era considerado muito grave”. A piora significativa no quadro veio após Nicette desenvolver uma pneumonia. Nicette já estava sedada e dependia de ventilação mecânica para respirar.
A notícia do falecimento da atriz foi dada pelo hospital às 12h20 horário de MS, com a confirmação de sua morte devido à "complicações decorrentes do novo coronavírus". Nicette é mais uma celebridade a ser vítima da doença.
Inicialmente, ela foi internada com dificuldade respiratória e estava recebendo ventilação não-invasiva. Porém, no último dia 1º, precisou ser intubada às pressas. Até o dia de ontem (19), a atriz Beth Goulart – que é filha de Nicette – estava esperançosa com o quadro "estável" da mãe.
"Mamãe está melhorando graças à Deus, está estável, o que é positivo. Seguimos juntos com força, fé e esperança. Gratidão a todos", comentou Beth em publicação no seu perfil pessoal do Instagram. Neste domingo, a filha compartilhou um vídeo ao lado da mãe: "faz 15 dias que não a vejo, que saudade! Se Deus quiser logo, logo estaremos juntas de novo...", dizia a legenda – horas antes de ser informada que a mãe Nicette Bruno veio a falecer.
Vida – Fluminense, natural de Niterói (RJ), Nicete Xavier Miessa estreou oficialmente no teatro em 1947, quando mudou seu nome para o artístico Nicette Bruno. Durante as décadas 50 e 60, integrou praticamente em todas as principais companhias de teatro do país, no eixo São Paulo-Rio.
Posteriormente, foi parar no mundo da televisão – considerada uma pioneirista. Alguns dos seus trabalhos na telinha incluem "Rosa dos Ventos" (1973), "Éramos Seis" (1977), "Selva de Pedra" (1986), "Bebê a Bordo" (1988), "Rainha da Sucata" (1990), "Mulheres de Areia" (1993), "A Próxima Vítima" (1995) e "Alma Gêmea" (2005). Em "Sítio do Picapau Amarelo" (2001–04), fez o papel de Dona Benta, ficando marcada para toda uma geração de telespectadores.
Antes de enviuvar, Nicette foi casada com o ator e parceiro de vida Paulo Goulart, que juntos tiveram os filhos Bárbara Bruno, Beth Goulart e Paulo Goulart Filho – os três atores.
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