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Obesidade infantil nem sempre é genética e pode ser evitada pelos pais

Somente em MS, cerca de 12,3% das crianças entre cinco e nove anos estão com obesidade infantil

Karine Alencar | 25/09/2022 11:16
Lanche e fruta lado a lado nas mãos de uma criança, escola que pode evitar obesidade infantil. (Foto: Divulgação/Fiocruz)
Lanche e fruta lado a lado nas mãos de uma criança, escola que pode evitar obesidade infantil. (Foto: Divulgação/Fiocruz)

A obesidade infantil nem sempre é genética e pode ser evitada pelos pais. É o que diz a especialista em nutrição infantil Juliana Aime. "Crianças com pais obesos tem mais predisposição a ter excesso de peso, mas isso não é fator determinante, os hábitos de vida com certeza influenciam muito mais", avalia.

Segundo ela, após à pandemia, as crianças diminuíram muito a prática de atividade física e passaram a ficar mais tempo em casa, em frente à televisão, o que pode ter influenciado no aumento do consumo de alimentos gordurosos e acesso a delivery.

"Talvez a praticidade que ele oferece aos pais também, acaba que prejudica a alimentação das crianças. Os pais exercem grande influência porque as escolhas alimentares dos filhos, em grande parte, é responsabilidade dos pais!", enfatiza a nutricionista.

Pesquisa divulgada nesta semana pela World Obesity Federation, revela que somente em Mato Grosso do Sul, cerca de 12,3% das crianças entre cinco e nove anos estão com obesidade.

O alerta diz que crianças com obesidade desenvolvem problemas de saúde com maior facilidade, para evoluírem para a fase adulta. Entre elas, está aumento da possibilidade de doenças cardiovasculares, hipertensão e distúrbios metabólicos.

Com isso, nutricionista chama atenção, ainda, para os problemas psicológicos já desde a infância. " Essa criança podem sofrer, acarretando até em depressão devido à baixa autoestima. Por isso o tratamento deve ser feito o quanto antes, pois a obesidade pode gerar consequências até a vida adulta", considera.

S.OS obesidade infantil

Segundo a psicóloga Adriana Anholeto, houve um aumento considerável de procura para atendimento infantil durante o período da pandemia, por distúrbio alimentar.

"A ansiedade é um dos transtornos que podem contribuir para o comportamento de compulsão alimentar, para que o cérebro sinta prazer através do sistema de recompensa. Penso que as condições ambientais e hábitos que foram preciso ajustar de forma repentina, também contribuíram para aumento das demandas de ansiedade", avalia.

Ainda de acordo com a nutricionista Juliana Aime, assim que os pais perceberem que o filho está com excesso de peso, é preciso procurar auxílio do pediatra e também de um nutricionista.

"Caso percebam sinais de ansiedade, o comer descontrolado e mastigação rápida, é necessário acionar ajuda. Por isso é importante o acompanhamento da criança profissionais, pois assim poderá prevenir o excesso de peso e se já foi diagnosticado, poder iniciar o tratamento quanto antes, com uma equipe multiprofissional, com médico, nutricionista e psicólogo", conclui.

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