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Para humanizar até a cesariana, médico faz vídeo dentro da sala de parto

Thailla Torres | 21/03/2018 08:00
Equipe mostra como é possível fazer o contato pele a pele.
Equipe mostra como é possível fazer o contato pele a pele.

Um vídeo gravado dentro do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian tem chamado atenção à uma alternativa "diabolizada" por muitas mulheres. A proposta da equipe foi mostrar de um jeito simples que a cesariana também pode ser humanizada, inclusive, com o contato pele a pele entre mães e bebês logo depois do parto.

Embora alguns hospitais não permitam esse procedimento após as cesarias, o médico ginecologista e obstetra Ricardo Gomes foi quem teve a iniciativa de gravar e espalhar a produção para demonstrar como os partos de várias mulheres podem ser melhores com o contato imediato dos filhos depois da cirurgia.

"No HU, estávamos fazendo esse contato em partos normais e toda vez que eu checava os indicadores, via que nada disso acontecia com as cesarianas. Foi quando decidimos fazer o vídeo e mostrar para a nossa equipe que isso é possível, dentro de toda segurança e responsabilidade com o bebê".

O obstetra Ricardo Gomes, responsável pela inciativa de gravar um vídeo para ensinar à todos da equipe.
O obstetra Ricardo Gomes, responsável pela inciativa de gravar um vídeo para ensinar à todos da equipe.

Normalmente, nas cirurgias, o bebê só vai para os braços da mãe minutos depois de ser pesado e aquecido. A ideia é que essa aproximação seja imediata, o que favorece a amamentação.

"Normalmente esse contato pele a pele dura só 20 minutos e o ideal é ele durar pelo menos uma hora, e só depois que a gente pesa e mede o bebê. Isso facilita a amamentação porque na primeira hora de vida é possível estimular o bebê a mamar", explica.

Dessa forma, o bebê consegue pegar a mama com mais facilidade, diz. "Na hora que o bebê nasce, ele está bastante alerta, se a gente perde essa hora, ele fica mais sonolento e depois torna-se difícil fazer com que o bebê mame corretamente."

O contato reforça o vínculo entre os dois e ajuda até na prevenção de depressão pós-parto, afirma o médico. "Diminui o choro, ele tem um estado de alerta mais longo, nesse momento toda as bactérias boas da mãe são transmitidas para bebê, ajuda na diminuição de sangramentos. São muitos benefícios, mas que o principal é amamentação correta, que replete positivamente no desenvolvimento e saúde do bebê".

A atividade do hospital também faz parte da intenção de ser credenciado na IHAC (Iniciativa Hospital Amigo da Criança e da Mulher), um selo de qualidade conferido pelo Ministério da Saúde aos hospitais que verifica 10 passos para o sucesso do aleitamento materno, instituídos pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e pela Organização Mundial de Saúde.

Para ser amigo da criança, o hospital deve também respeitar outros critérios, como o cuidado respeitoso e humanizado à mulher durante o pré-parto, parto e o pós-parto.

Assista o vídeo: 

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