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Sabor

A 35 km daqui, programa de hoje pode ser churrascão para 12 pessoas por R$ 60

Paula Maciulevicius | 13/08/2016 07:06
Almoço é feito pela comunidade: arroz com guariroba, churrasco e acompanhamentos. (Foto: Arquivo/João Garrigó)
Almoço é feito pela comunidade: arroz com guariroba, churrasco e acompanhamentos. (Foto: Arquivo/João Garrigó)

A 35 quilômetros daqui, um bate e volta pode ser a descoberta da cultura da comunidade quilombola em Furnas de Dionísio. O final de semana é de festival em homenagem à rapadura, produção carro-chefe das 94 famílias que moram na região. A programação tem bailão, almoço e de sobremesa tudo o que é feito da cana.

Diretora municipal de Cultura, Luciene Prado dos Santos, de 36 anos, é tataraneta do fundador das Furnas. "Dionísio Antônio Pereira, o fundador da comunidade chegou aqui por volta de 1890 e começou a trabalhar na agricultura e na fabricação de doces", conta. E é o povoado que ele formou que quem for ao festival vai conhecer.

Na programação está apresentação do projeto que vai fazer o escoamento da produção de doces direto das famílias para os mercados da Capital, além de apresentações culturais. Na dança e no teatro, haitianos foram convidados a participar desta que é a quarta edição.

E de sobremesa? Rapadura. (Foto: Arquivo/João Garrigó)
E de sobremesa? Rapadura. (Foto: Arquivo/João Garrigó)

"Criamos em 2013, porque nós temos uma fabricação artesanal de rapadura de mais de 100 anos e nossa tentativa é de manter a cultura e a tradição do local", explica Luciene. 

No almoço, o churrasco será vendido por espeto, por R$ 60,00 e será servido das 11h30 às 13h. A porção, segundo a diretora de cultura, serve de 10 a 12 pessoas e os acompanhamentos são: arroz com guariroba, vinagrete e mandioca. E de sobremesa, as rapaduras desde a clássica até de amendoim, abóbora e banana, além de melado e açúcar mascavo. 

À tarde, está prevista a "Dança do Engenho Novo", reprodução de como os escravos faziam para amenizar as dores no engenho. "Eles cantavam e dançavam e hoje a gente consegue trabalhar isso dentro da comunidade, com as crianças", conta Luciene. 

O baile com grupos de chamamé e vanerão começa às 22h e segue até 4h da manhã, com os grupos: Puro Balanço, Tá que tá e Laço de Ouro. No dia seguinte, a programação se repete - de almoço baile - mas encerrando até 22h. 

Também no domingo será coroada a "Rainha da Festa da Rapadura", duas candidatas disputam o posto que será dado pelas prendas recolhidas e o apelo do público na torcida. 

A visita em Furnas do Dionísio é constante, confirma Luciene. "Tanto pela cultura e tradição, quanto pelas belezas naturais: nossas cachoeiras e morros de fazer trilha, ciclismo e motocross", comenta. 

Como chegar: A festa é na sede da associação que fica na MS-010. Vai pela saída da UCDB até Rochedinho e siga as indicações das placas. São 35 quilômetros de distância da cidade, 14 deles pela estrada de chão. Bom passeio!

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Um dos cenários que se encontra pelo caminho. (Foto: Arquivo/João Garrigó)
Um dos cenários que se encontra pelo caminho. (Foto: Arquivo/João Garrigó)
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