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Sabor

Após 20 anos vivendo da água de coco, vendedor abre ponto com cardápio variado

Elverson Cardozo | 05/05/2014 06:28
Quiosque do Poeta fica na Avenida de mesmo nome, perto do comando do Corpo de Bombeiros, no final da Afonso Pena, no Parque dos Poderes. (Foto: Marcos Ermínio)
Quiosque do Poeta fica na Avenida de mesmo nome, perto do comando do Corpo de Bombeiros, no final da Afonso Pena, no Parque dos Poderes. (Foto: Marcos Ermínio)

Foi por necessidade, para complementar a renda de porteiro, que Raimundo Fernandes da Silva começou a vender água de coco na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, 20 anos atrás. Na época, com os dois filhos pequenos, de 4 e 5 anos, o negócio ajudava bastante com as despesas, inclusive, com o aluguel de uma casa no bairro Alves Pereira.

O “bico” deu tão certo que, cerca de um ano depois, ele deixou o emprego e fez da rua o local fixo de trabalho, quando a venda da água geladinha nos altos da Afonso Pena ainda não era moda. No estacionamento do Parque das Nações Indígenas ele fez a vida e conseguiu criar os filhos.

Agora, depois de duas décadas, com uma clientela já feita, o homem conseguiu dar mais um passo. Abriu um espaço no Parque dos Poderes.

Inaugurado há aproximadamente 15 dias, o Quiosque do Poeta, com foi batizado, começa a atrair a atenção de quem passa pelo local. É quase impossível não notar as cadeiras coloridas que foram colocadas ao redor do estabelecimento de aparência rústica, que tem tudo para virar um novo point de happy hour.

O analista de necessidades e solicitações financeiras Sebastião Sérgio, de 56 anos, mora no Centro, mas sempre passeia no Parque e, na semana passada, já tinha reparado no espaço.

Raimundo agora tem um lugar melhor para trabalhar. (Foto: Marcos Ermínio)
Raimundo agora tem um lugar melhor para trabalhar. (Foto: Marcos Ermínio)

No domingo (4), ele fez questão de atravessar a cidade para tomar água de coco. Aproveitou para elogiar: “O clima aqui é bem gostoso", recomenda. Ao lado, a jovem Suelen Mareco, de 24 anos, completa: "É o melhor lugar para tomar água de coco. É muito aconchegante.”

Para abrir o novo empreendimento, Raimundo gastou aproximadamente R$ 20 mil e contou com a parceira de um amigo, cliente antigo, agora sócio, que construiu o espaço.

No quiosque, além do produto principal, o coco, vários produtos são oferecidos aos clientes em potencial: as pessoas que costumam frequentar os altos da Afonso Pena para uma caminhada ou outro tipo de atividade física.

O cardápio aumentou, em relação ao carrinho dos velhos tempos. Agora, Raimundo vende garapa pura e com limão, além de produtos regionais, como os picolés, mel, castanhas, rapadura, pimenta, compotas e, em breve, pão de queijo.

Vendedor agora tem endereço fixo e se orgulha da conquista. (Foto: Marcos Ermínio)
Vendedor agora tem endereço fixo e se orgulha da conquista. (Foto: Marcos Ermínio)

Apesar da “nova casa”, o carrinho de Raimundo continua na Afonso Pena, mas agora quem toca é o cunhado. “Aqui eu quero conquistar outra clientela. Não quero tirar tudo de lá, mas já veio gente prestigiar”, afirma.

O preço, aliás, continua o mesmo. O coco custa R$ 5,00, enquanto 500 ml da água sai por R$ 7,00 e 1 litro por R$ 12,00. Já a garapa, natural ou com limão, é vendida a R$ 3,00 (300 ml) ou R$ 4,00 (500 ml).

Serviço – O Quiosque do Poeta fica na Avenida dos Poetas, esquina com a rua Gardenia, perto do comando do Corpo de Bombeiros, no Parque dos Poderes.

O local, que conta com banheiros e estacionamento, inclusive para deficientes físicos, funciona das 13h às 21h, as segundas, terças, quintas e sextas-feiras. Aos sábados, domingos e feriados o trabalho começa bem mais cedo, vai das 7h30 às 21h.

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