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Sabor

Restaurante daqui "exporta" conceito para a rua mais sofisticada de São Paulo

Ângela Kempfer | 16/08/2012 14:36
Tiboni sofisticou sistema de rodízio de massas, que agora é aplicado no "Isolda", em São Paulo. (Fotos: Divulgação)
Tiboni sofisticou sistema de rodízio de massas, que agora é aplicado no "Isolda", em São Paulo. (Fotos: Divulgação)
Fachada do Isolda na rua Oscar Freire.
Fachada do Isolda na rua Oscar Freire.

O nome é outro, mas o proprietário é o mesmo, assim como o sistema criado em Campo Grande pelo Tiboni. Com dois novos sócios – o pai Arlei Jorge Warde e o médico Benedito de Oliveira Neto, o advogado Eduardo Jorge Warde levou à rua mais sofisticada do País uma forma diferente de servir, com a sequência de massas artesanais e carnes que é única na hora do almoço aqui na cidade.

Na Oscar Freire, endereço das grifes internacionais em São Paulo, surgiu “Isolda”, a descendente do Tiboni. A inspiração veio de “Tristão e Isolda”, lenda sobre o casal que acidentalmente bebe uma porção mágica do amor e vive uma paixão proibida.

O prédio de pé direito duplo tem o vermelho na fachada, como a paixão dos nobres europeus. As janelas vão do chão ao teto e os tijolos de demolição, junto ao cimento queimado e pó de mármore, finalizam o projeto que à distância parece bem aconchegante.

A expansão, aparentemente tão ousada, segundo Eduardo é questão de lógica. Ao invés de investir em outra capital parecida com Campo Grande, ele resolveu radicalizar.

“São Paulo tem um mercado mais forte, mais consumidor. Aqui, de segunda a quinta não temos movimento. Só os barzinhos enchem. O que não ocorre lá. Em capitais menores, não há o trânsito complicado. Por isso, as pessoas costumam fazer mais reuniões gastronômicas em casa ”, explica Eduardo ao Lado B, minutos antes de embarcar para mais um " bate e volta" em São Paulo.

Um aluguel na Oscar Freire é algo inimaginável até para empresários paulistas, mas Eduardo é confiante. “Vamos falar a verdade, aqui em Campo Grande, qualquer imóvel que você for se instalar é mais de um milhão. Lá, temos um custo maior com tudo, mas a resposta também vem de forma bem mais rápida, por conta do fluxo muito maior. Estamos dentro de um centro da América Latina”, justifica.

Conseguir profissionais preparados foi outra vantagem. “Paulista é aguerrido. A cidade tem muitos profissionais prontos para o setor”, diz.

Rosi Campos, uma das famosas que já conheceu o Isolda.
Rosi Campos, uma das famosas que já conheceu o Isolda.
Projeto tem pé direito de 5 metros e o vermelho como cor principal.
Projeto tem pé direito de 5 metros e o vermelho como cor principal.

Os filés e massas que Campo Grande já conhece continuam no cardápio, mas o chef José Bella Cruz foi contratado para a sofisticação do que deu certo por aqui.

Fora os 13 pratos servidos em carrinhos que percorrem as mesas, o cliente pode optar por entradas do tipo abobrinha e berinjela recheadas e gratinadas, com toque de azeite trufado, e pratos principais como o Mezzaluna com Gaberi, uma massa especial em formato de meia lua com recheio de camarões e pitanga ao molho de queijo, ou o Ravioli Isolda, recheado de morangos ao molho de queijos.

Na adega, estão 60 rótulos, servidos em taças ou garrafa. Outra forma de servir criada pelo Tiboni, no Isolda as sobremesas também são apresentadas em miniaturas, que rodam o salão depois do almoço, por R$ 4,50 cada.

A crítica paulista tem considerado o novo restaurante dos Jardins uma casa de qualidade, com preço justo. Durante a semana, o almoço custa R$ 38,00 e sábados e domingos o valor é R$ 44,00. Em média, são 10 reais a mais que os preços de Campo Grande.

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