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Rochedinho quer título de "queijeiro" e atração de festa é "Filhote" de 25 kg

Evento vai ter concurso e queijo tem nome de Filhote porque ideia é fazer crescer nos próximos anos de feira

Danielle Valentim | 14/04/2018 07:40
"Filhote” da festa, de 25 quilos, leva esse nome, pois o objetivo é fazê-lo crescer nas próximas edições. (Foto: Carlos Sandim)
"Filhote” da festa, de 25 quilos, leva esse nome, pois o objetivo é fazê-lo crescer nas próximas edições. (Foto: Carlos Sandim)

Queijo de Minas, que nada. Produtores de Mato Grosso do Sul querem criar a fama do “Queijo de Rochedinho”, distrito a 24 km de Campo Grande. Para divulgar o trabalho, a 3ª edição da Festa do Queijo acontece no dia 12 de maio. Neste ano, uma das atrações e o “Filhote”, ironicamente um queijo gigante de 25 quilos.

Levando uma vida pacata, bem com a cara do interior, os moradores se viram para faturar com produções artesanais, entre elas, de queijo. Em Campo Grande, a entrega de comida caseira na porta de casa, não é mais tão comum. No entanto, no distrito, ainda é possível receber no portão, o “fulano” do leite, o "sicrano" do pão, do doce e, claro, do queijo.

A produtora Ana Paula de Oliveira é nova na região. Ela se mudou na companhia da família, para investir na produção caseira de requeijão, manteiga caipira, doce de leite e queijo.

À moda antiga, Ana Paula faz as entregas de porta em porta. “Sempre trabalhamos com leite, mas a produção dos derivados não tem muito tempo. Tivemos algumas dificuldades com a leiteira devido a mosca da cana, por isso optamos em mudar. A região escolhida foi Rochedinho e acredito que a festa tem tudo para incentivar os produtores”, conta.

No distrito, os preços variam. Um queijo médio é encontrado por R$ 15, requeijão de 500g por R$ 15, manteiga de 500g por R$ 10 e doce de leite por R$ 12. Tudo vai estar à venda na Festa de maio, com possibilidade de degustação.

Moradores contam que o primeiro evento foi organizado pelo padre Alfeu e agora é uma realização da Associação de Produtores Rurais de Rochedinho. A última edição reuniu cerca de 5 mil pessoas.

O “Filhote” da festa, de 25 quilos, leva esse nome, pois o objetivo é fazê-lo crescer nas próximas edições. Neste ano, três pessoas ajudaram na produção do queijo gigante e um produtor doou 150 litros de leite.

“O pessoal fala em queijo de Minas, mas em Mato Grosso do Sul existem produtores de queijos excelentes, inclusive em Rochedinho. O “filhote” leva esse nome porque ele vai crescer. Este ano como não tínhamos forma para uma produção tão grande, adaptamos uma caixa organizadora de plástico. O queijo foi feito por duas moradoras e o leite doado por um produtor”, explicou um dos ajudantes na produção, Carlos Sandim.

A 3ª edição do evento terá o primeiro concurso do “Queijo Caipira”. A competição, dividida em queijo caipira fresco e meia cura, vai eleger os cinco melhores, em cada categoria. Os critérios de avaliação são apresentação, cor, textura, consistência, paladar e olfato. O concurso não tem taxa de inscrição, porém, o participante deve apresentar inscrição estadual, na condição de produtor rural.

História - Os registros históricos do distrito são raros e a data de fundação do local não é unanimidade entre os moradores. Alguns dizem que a vila começou a ser construída há mais de 100 anos e outros contam que os funcionários de fazendas se aglomeraram e abriram o espaço na mata há 60 anos. De concreto, apenas um documento do IBGE que apresenta dados de Rochedo, cidade próxima ao distrito. O local começou a ser povoado em 1931 por imigrantes nordestinos.

Para chegar até Rochedinho é simples, o caminho começa na avenida Tamandaré, ao norte de Campo Grande. É só passar pelo Parque do Peão e continuar pela MS-010.

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