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Lado Rural

Colheita do milho safrinha chega a 10,2% do território plantado em MS

Pico da colheita deve ocorrer no mês de julho, estima a Aprosoja

Por Gustavo Bonotto | 09/07/2025 22:25
Colheita do milho safrinha chega a 10,2% do território plantado em MS
Milho segunda safra, cultivado em solo sul-mato-grossense. (Foto: Arquivo/Aprosoja)

A colheita da segunda safra de milho alcançou, nesta quarta-feira (9), 10,2% da área plantada em Mato Grosso do Sul, segundo levantamento realizado pela Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja). A região central lidera o avanço, com 12,5% da área já colhida. O atraso no processo é atribuído a dois fatores principais: a umidade elevada dos grãos e a falta de caminhões para o transporte.

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Colheita de milho safrinha em MS atinge 10,2% da área plantada. Produtores enfrentam dificuldades com umidade dos grãos e falta de caminhões para transporte, resultando em atraso. Região central lidera o processo, com 12,5% da área colhida. A expectativa é que o pico da colheita ocorra em julho, estendendo-se até agosto. Umidade elevada e falta de transporte impactam colheita de milho. Preços baixos e dólar em queda também pressionam o mercado. Déficit de armazenagem preocupa e pode afetar a rentabilidade dos produtores. Clima favorável com tempo firme e sol previsto para os próximos dias deve auxiliar no avanço da colheita.

Até o momento, aproximadamente 214 mil hectares foram colhidos. A expectativa é que o pico da colheita aconteça em julho, com a operação se estendendo até a última semana de agosto. Gabriel Balta, coordenador técnico da Aprosoja, explica que o atraso se deve à umidade dos grãos.

"Normalmente, o produtor evita os custos com a secagem artificial, preferindo deixar o milho secar naturalmente na lavoura". Ele destaca que "como é uma cultura que tolera mais tempo no campo, não há tanta pressa para colher, especialmente quando os preços pagos pelo grão estão desfavoráveis".

A falta de caminhões também tem dificultado o escoamento da produção, especialmente na região central do Estado. Gabriel Balta afirma que o problema é "pontual e temporário" e deve ser resolvido nas próximas semanas. "O pico da colheita geralmente ocorre a partir de julho, então a tendência é que a situação se estabilize nas próximas semanas", diz.

Em Chapadão do Sul, o atraso no plantio da soja, em 2024, também afetou o início da colheita do milho. O produtor rural e diretor da Aprosoja, Pompílio Silva, comenta: "O que ocorreu aqui no Chapadão é que a gente teve um certo atraso no plantio da soja, ainda em 2024". Esse atraso fez com que o milho na região fosse plantado entre fevereiro e março, o que impactou diretamente o início da colheita.

No aspecto econômico, Mateus Fernandes, analista de Economia da Aprosoja/MS, observa que o aumento da oferta de milho tem pressionado os preços do grão para baixo. "Ao analisarmos o mercado como um todo, o dólar tem diminuído também, o que interfere diretamente no preço do milho", explica. Além disso, a falta de capacidade de armazenagem no Estado é uma preocupação. "O déficit de armazenagem pode ser um fator crucial para determinar as margens de lucro dos produtores", alerta Fernandes.

A previsão do tempo para os próximos dias é de tempo firme e sol em todo o Estado, sem chuvas significativas.

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