Exportações de milho disparam 214% em outubro e têm o Irã como principal destino
Safra cheia e preços internos mais baixos impulsionam embarques
As exportações de milho de Mato Grosso do Sul cresceram 214% em outubro de 2025 e somaram 149,6 mil toneladas a mais que no mesmo mês de 2024. O avanço aparece no Boletim de Exportação da +Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado), que aponta ainda que o valor movimentado chegou a US$ 45,1 milhões, alta de 236% na comparação anual.
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As exportações de milho de Mato Grosso do Sul registraram crescimento expressivo de 214% em outubro de 2025, totalizando 149,6 mil toneladas. O resultado positivo é atribuído à safra recorde de 13,9 milhões de toneladas e aos preços internos mais competitivos. O Irã destacou-se como principal destino, absorvendo 38% do total exportado, seguido pelas Filipinas com 27% e Bangladesh com 10%. Apesar do crescimento anual, houve retração de 41% na comparação mensal, fenômeno considerado normal devido a fatores logísticos e disponibilidade do produto.
Segundo o economista da Aprosoja/MS, Mateus Fernandes, o salto está diretamente ligado à boa safra. Ele lembra que o Estado colheu 13,9 milhões de toneladas de grãos neste ciclo. O volume excedente, somado ao preço interno mais baixo na comparação com o ano passado, ampliou a competitividade no mercado externo. Fernandes explica que a dinâmica segue a lógica da oferta e demanda: com mais milho disponível e valores domésticos menores, a exportação tende a ganhar força.
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O continente asiático concentrou a maior parte das compras. O Irã liderou como principal destino do milho sul-mato-grossense e respondeu por 38% do total embarcado. As Filipinas vieram em seguida, com 27%, e Bangladesh representou 10%. Vietnã e Jordânia também aparecem na lista, ao lado do Egito, único país africano entre os compradores.
Mesmo com o avanço expressivo na comparação anual, o desempenho mensal mostra retração. Entre setembro e outubro, os embarques diminuíram 41%, o equivalente a 152,3 mil toneladas. Segundo o boletim, essa oscilação é comum e está ligada a questões logísticas e ao volume disponível no período.
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