Mato Grosso do Sul deve produzir 2,07 bilhões de litros de etanol de milho
Estado já se consolidou como 2º maior produtor do combustível

Mato Grosso do Sul aumentou a produção de etanol de milho e se tornou o segundo maior produtor nacional do biocombustível. A expansão aconteceu durante a safra de milho 2024/2025, no estado, devido ao crescimento da demanda interna por etanol e ração animal, segundo dados da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja)
De acordo com o levantamento, divulgado nesta sexta-feira (23), o estado deve produzir cerca de 2,07 bilhões de litros de etanol de milho na safra 2025/2026, número que consolida sua posição entre os maiores produtores do Brasil, atrás apenas de Mato Grosso.
Em 2023/2024, Mato Grosso do Sul produziu 4,2 bilhões de litros de etanol, dos quais aproximadamente 37% vieram do milho.
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho e registrou crescimento de 293% na produção de etanol de milho nos últimos cinco anos, saltando de 1,6 bilhão de litros em 2019/20 para 6,3 bilhões de litros em 2023/24. A produção nacional estimada para 2025/26 é de 9,9 bilhões de litros, com Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás como principais líderes.
Mais da metade do milho produzido em Mato Grosso do Sul é consumida internamente, principalmente para etanol e alimentação animal. O estado conta com 22 usinas de bioenergia em operação, das quais três produzem etanol a partir do milho. O setor gera aproximadamente 30 mil empregos diretos e representa 17% do PIB industrial local.
Além do etanol, o estado produz subprodutos da fabricação do biocombustível, como o DDG (Grãos Secos de Destilaria), usado na nutrição de bovinos, suínos, aves, peixes e animais de companhia. Mato Grosso do Sul responde por cerca de 30% da produção nacional desses farelos, totalizando 1,2 milhão de toneladas na safra 2024/2025.
A crescente demanda da China por DDG brasileiro pode impulsionar as exportações, elevando preços e incentivando agricultores a ampliar áreas plantadas. Essa expansão deve movimentar a logística, gerar empregos e aumentar a arrecadação do estado, além de estimular outros setores da economia local.
No entanto, a maior exportação de DDG pode reduzir a oferta interna e elevar preços no mercado doméstico, o que preocupa pecuaristas que utilizam o produto na alimentação animal. O desafio para Mato Grosso do Sul será equilibrar a demanda externa com a necessidade do mercado interno para garantir sustentabilidade e crescimento do setor.
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