Soja e milho puxam alta das exportações de MS em julho
Celulose segue como líder da pauta, seguida pela carne bovina, açúcar e minério de ferro
A balança comercial de Mato Grosso do Sul fechou julho de 2025 com superávit de US$ 4,83 bilhões, resultado de exportações que somaram US$ 6,33 bilhões frente a importações de US$ 1,49 bilhão. Entre os produtos embarcados, os grãos ganharam destaque.
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A soja registrou avanço de 20% em volume exportado em relação a julho de 2024, com cerca de 125 mil toneladas a mais. Em valores, o grão movimentou US$ 309 milhões, 10% acima do mesmo mês do ano passado. A China foi o principal destino, absorvendo 96% da produção sul-mato-grossense.
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O milho, por sua vez, disparou nas vendas externas: 1.100% a mais do que em julho de 2024, o que representa 142,3 mil toneladas adicionais. A receita chegou a US$ 32,4 milhões, com Vietnã (73%), Arábia Saudita (14%) e Indonésia (12%) entre os principais compradores.
Além dos grãos, a celulose segue como líder da pauta (31% do total), seguida pela carne bovina (14,5%), açúcar (5,4%) e minério de ferro (3,8%). Especialistas apontam que disputas comerciais entre China e Estados Unidos podem ter favorecido a procura pela soja brasileira, fortalecendo o saldo positivo do Estado.
No campo interno, as importações se concentraram em gás natural (32,6%) e maquinário industrial. Já os indicadores de preços mantiveram estabilidade, com IPCA em 0,26% e IGP-M em queda de 0,77%.
Segundo a Aprosoja/MS (Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul), a segunda safra de milho deve alcançar 10,2 milhões de toneladas, alta de 20,6% em relação ao ciclo anterior, consolidando o cereal como peça-chave nas exportações sul-mato-grossenses.
"A China foi o principal destino da soja sul-mato-grossense em julho, com volume de 731,9 mil toneladas, representando 96% do total exportado. Em seguida, veio o Vietnã, com 2%, e os demais países somados representaram 2%,” relata o analista de economia da Aprosoja/MS, Mateus Fernandes.
Para ele, a taxação americana pode ter influenciado a balança comercial de Mato Grosso do Sul de forma indireta, principalmente sobre a soja e a carne bovina, que estão entre os principais produtos exportados pelo Estado. “Quando os Estados Unidos impõem tarifas sobre produtos agrícolas importados ou alteram sua política comercial, isso gera reflexos no mercado internacional”, termina.
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