MS participa de programa nacional que monitora agrotóxicos em alimentos
Monitoramento da Anvisa prevê a coleta de 3.505 amostras de 13 alimentos consumidos diariamente pela população
Mato Grosso do Sul está entre os 25 estados brasileiros que participam da nova etapa do Para (Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos), promovido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em parceria com as Vigilâncias Sanitárias locais e o Funed (Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais). As coletas tiveram início no último dia 5 de maio e seguem até 5 de dezembro.
Nesta fase, o ciclo 2025 do programa prevê a coleta de 3.505 amostras de 13 alimentos consumidos diariamente pela população, como abacaxi, batata, brócolis, café, feijão, laranja, morango, farinha de trigo e mandioca. Em Mato Grosso do Sul, as amostras são coletadas semanalmente por equipes da Vigilância Sanitária estadual e municipal, principalmente em supermercados, sacolões e mercados varejistas.
As coletas são realizadas com base em critérios internacionais, como os definidos pelo Codex Alimentarius, que recomenda a obtenção de amostras nos locais de compra da população, garantindo representatividade do que, de fato, chega à mesa do consumidor. Todo o material será analisado em laboratórios certificados com base em normas da ISO/IEC 17025, utilizando métodos reconhecidos internacionalmente.
A logística do programa conta com o apoio da empresa PariPassu, que realiza o transporte das amostras em parceria com a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), por meio de Acordo de Cooperação Técnica com a Anvisa.
Criado em 2001, o Para é considerado um dos mais importantes programas de segurança alimentar do país. Desde sua criação, já analisou mais de 45 mil amostras, ampliando progressivamente o número de alimentos e agrotóxicos monitorados.
Atualmente, mais de 300 tipos de agrotóxicos são analisados em 36 alimentos, com base nos dados de consumo da população, conforme levantamento da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os resultados das análises subsidiam medidas regulatórias e de fiscalização, além de permitir o mapeamento de riscos associados ao uso inadequado de agrotóxicos nos alimentos comercializados em todo o Brasil.
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