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Lado Rural

Prazo para declarar área plantada com soja em MS termina no dia 10

Oficialmente, o plantio da oleaginosa terminou no dia 13 de dezembro em Mato Grosso do Sul

Por José Roberto dos Santos | 06/01/2025 12:53
Prazo para declarar área plantada com soja em MS termina no dia 10
Agricultor semeia soja em área agrícola de MS; Estado plantou 4,501 milhões de hectares neste ciclo. (Foto: Arquivo/Iagro-MS)

Produtores rurais de Mato Grosso do Sul têm até o dia 10 de janeiro de 2025 para declarar a área plantada para a safra de soja 2024/2025. De acordo com a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), o cadastro é obrigatório e visa combater a ferrugem- asiática, protegendo a produção.

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Produtores rurais de Mato Grosso do Sul têm até 10 de janeiro de 2025 para declarar a área plantada de soja para a safra 2024/2025, com um total de 4,501 milhões de hectares semeados até 13 de dezembro. O cadastro é obrigatório para combater a ferrugem-asiática, uma doença que pode causar perdas de até 90% na produção. Até o momento, foram registrados 45 casos de ferrugem-asiática em várias regiões do Brasil, com destaque para o Paraná. A doença, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizii, favorece-se de condições climáticas específicas e tem um ciclo de desenvolvimento rápido, levando a perdas significativas na cultura da soja.

Todas as regiões concluíram o plantio da soja em Mato Grosso do Sul oficialmente até o dia 13 de dezembro. São cerca de 4,501 milhões de hectares semeados, segundo medições do Projeto Siga-MS (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio). O projeto continua mapeando a área plantada para confirmar esse crescimento. A área plantada real será divulgada ao final da colheita. A operação de plantio terminou uma semana antes em comparação à safra 2023/2024. Há replantios que se estenderão até o dia 13 de janeiro.

Segundo o diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, em nota publicado pelo portal da agência, a ferrugem-asiática é considerada uma das mais graves para a cultura da soja, podendo causar perdas de até 90% na produção. “Por isso o registro é obrigatório e deve ser realizado pelo site da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), sem custos para os agricultores”, enfatizou.

A ferrugem-asiática pelo País

Até o presente momento, segundo o Consórcio Antiferrugem que realiza o monitoramento das ocorrências, há 45 casos de ataque da ferrugem-asiática nas lavouras de soja pelo País, espalhados por Minas Gerais (1), Paraná (33), Rio Grande do Sul (5), Santa Catarina (2) e São Paulo (4 casos). No ciclo anterior (2023-2024) foram registradas 324 ocorrências, sendo 128 só no Estado paranaense, com Mato Grosso do Sul anotando 35 casos.

Segundo o Consórcio Antiferrugem, o fungo causador da ferrugem, Phakopsora pachyrhizii é um parasita obrigatório. Para se desenvolver e multiplicar ele precisa de um hospedeiro vivo a fim de concluir seu ciclo de vida. O patógeno é favorecido por temperaturas que variam de 18°C a 26,5°C e um período de molhamento foliar de 8 a 12 horas. Nestas condições, o ciclo da doença é bastante rápido, de 6 a 10 dias entre a deposição do primeiro esporo e o aparecimento dos primeiros sintomas, causando, portanto, perdas consideráveis, dependendo da severidade da doença.

A ferrugem-asiática é tida pelos especialistas como a principal doença da soja. Há relatos em estudos que a Phakopsora pachyrhizi, nome científico da ferrugem da soja, segundo a Embrapa, pode causar perdas de 10% a 90%. A doença chegou ao Brasil em 2001, e desde então, causou prejuízo de mais de US$ 25 bilhões.

Clique AQUI para realizar o cadastro de sua área plantada.

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