Após denúncias, MPMS debate medidas para proteger animais na Estrada do 21
Workshop discutiu passagens de fauna na MS-345, alvo de críticas por buracos e fatalidades na pista
Menos de um ano depois da inauguração, a MS-345, conhecida como Rodovia do Turismo ou Estrada do 21, virou notícia por motivos indesejados: animais silvestres mortos, queimadas à beira da pista e buracos que já exigem reparos. Como revelou o Campo Grande News, em apenas 123 quilômetros entre Anastácio e Bonito foi possível flagrar tatus, seriemas e outras espécies atropeladas, além de trechos em obras de recapeamento mesmo com o investimento de R$ 400 milhões.
RESUMO
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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul promoveu workshop técnico para debater medidas de proteção à fauna na MS-345, conhecida como Rodovia do Turismo. A iniciativa surge após denúncias de animais silvestres mortos por atropelamento ao longo dos 123 quilômetros entre Anastácio e Bonito. A Agesul informou que já existem 45 passagens de fauna implantadas, mas seu funcionamento depende da instalação de cercamentos e sinalização. O investimento previsto é de R$ 6 milhões, com licitação programada para os próximos 90 dias. A rodovia, inaugurada há menos de um ano, consumiu R$ 400 milhões em sua construção.
Diante desse quadro, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) promoveu um workshop técnico para discutir soluções. O evento, realizado nesta segunda-feira (18), teve como foco as passagens inferiores de fauna previstas no projeto e ainda não plenamente efetivadas. A iniciativa faz parte do Fórum Rota Sustentável de Prevenção a Colisões com a Fauna Silvestre nas Rodovias de MS.
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O promotor de Justiça Luciano Furtado Loubet, coordenador do Núcleo Ambiental, destacou que o Estado possui biodiversidade rica, o que torna urgente a adoção de medidas eficazes. “Criamos um fórum permanente para reunir todos os envolvidos e discutir soluções conjuntas”, afirmou.
Durante as apresentações, especialistas apontaram tecnologias que podem reduzir os atropelamentos e representantes da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) garantiram que já há 45 passagens implantadas. No entanto, o funcionamento depende da instalação de cercamentos e sinalização, com R$ 6 milhões reservados e licitação prevista em até 90 dias.
Enquanto isso, motoristas e turistas continuam a se deparar com cenas de risco: crateras recém-abertas e animais mortos ao longo da rodovia que deveria ser símbolo de integração, preservação e estímulo ao ecoturismo na Serra da Bodoquena. O MPMS afirmou que pretende acompanhar de perto as ações, para que a estrada cumpra o que foi prometido em termos de infraestrutura e proteção da fauna.
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