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Meio Ambiente

Após "dragão" apreendido, cobras e até aranhas são entregues para evitar prisão

Criados ilegalmente, animais são considerados exóticos e podem render até um ano de prisão

Tainá Jara | 13/08/2020 16:41
Dragão barbudo é originário da Austrália (Foto: Divulgação/Ibama)
Dragão barbudo é originário da Austrália (Foto: Divulgação/Ibama)

Medo de prisão levou donos de animais exóticos, de Campo Grande, a entregar os bichos às autoridades ambientais. Além de um dragão australiano, aprendido durante operação da Polícia Federal, quatro cobras e duas aranhas eram criadas ilegalmente na Capital. A entrega voluntária dos animais silvestres e exóticos, que não foram adquiridos de maneira legal, pode ser feita sem penalidades.

Originário da Austrália, o dragão barbudo foi apreendido durante operação de combate ao tráfico nacional e internacional de animais, realizada no final do mês passado, em Mato Grosso do Su, Amapá, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo.

Cobra entrega de forma voluntária ao Ibama (Foto: Divulgação/Ibama)
Cobra entrega de forma voluntária ao Ibama (Foto: Divulgação/Ibama)

A investigação foi deflagrada depois que o estudante de veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, de 22 anos, foi picado por uma cobra da espécie naja, considerada uma das mais venenosas do mundo, no Distrito Federal. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), responsável pela fiscalização da criação de espécies exóticas, não tinha conhecimento da espécie no Brasil, o que acabou levando ao desmonte de esquema criminoso.

No Estado, apenas o dragão, da espécie Logona vitticeps, foi resgatado após emissão de mandato de busca e apreensão. No entanto, o medo de punições levou outras pessoas a entregarem outros animais exóticos às autoridades. Tanto o dragãozinho quanto as aranhas e as cobras foram abrigados no Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), na Capital, e ainda serão catalogados.

Analista ambiental do Ibama, Alexandre Pereira, afirma que a entregas ocorreram após a repercussão da operação da PF. “Quando se faz a entrega voluntária desses animais e legislação ambiental não prevê nenhuma punição”, relembra. Soltar um animal exótico ou silvestre de cativeiro no ambiente, pode causar ainda diversos impactos ambientais, resultando em desequilíbrio ambiental.

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