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Meio Ambiente

Após reportagem, governo e prefeitura anunciam ação para desassorear lago

Campo Grande News denunciou aumento do assoreamento no espelho d’água do Parque das Nações Indígenas; Córrego Réveillon ganhará bacia de contenção

Humberto Marques | 08/03/2019 17:58
Bancos de areia tomam cada vez mais o espelho d’´água do Parque das Nações Indígenas. (Foto: Semagro/Divulgação)
Bancos de areia tomam cada vez mais o espelho d’´água do Parque das Nações Indígenas. (Foto: Semagro/Divulgação)

Governo do Estado e Prefeitura de Campo Grande vão trabalhar juntos no desassoreamento do lago do Parque das Nações Indígenas. A medida vai exigir intervenções no espaço público e, também, no entorno do local – como no Córrego Réveillon–, a fim de impedir que sedimentos continuem a ser arrastados pelas enxurradas pra o espelho d’água. Detalhes sobre as obras serão fechados até a semana que vem, quando serão anunciadas as definições técnicas e o cronograma de ações.

O entendimento entre Estado e prefeitura ocorreu depois que o Campo Grande News apontou em reportagens nos últimos dias o agravamento do assoreamento no lago do parque, que viu um banco de areia aumentar depois das fortes chuvas que atingiram a cidade no fim de fevereiro, causando o transbordamento. O espelho d’água tem entre seus afluentes o Réveillon, que vinha recebendo intervenções a fim de conter águas pluviais que chegam ao Parque das Nações Indígenas.

A situação do lago gerou comoção e campanha em redes sociais cobrando intervenções para salvar o espaço, um dos cartões postais da Capital. Titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck lembrou que os assoreamentos no lago principal e também na bacia de contenção no parque ocorrem desde a abertura do espaço público, na década de 1990.

“Retirar os sedimentos é o trabalho mais fácil de ser executado, mas isso não resolve. O governo tem consciência de que é preciso resolver definitivamente o problema da erosão, portanto, já temos estudos, projetos e as ações necessárias. Com as chuvas menos frequentes, é possível iniciar as obras”, destacou Verruck, ao informar que já há um local para receber o material depositado.

“Mas de nada adiantaria retirar toneladas de areia se a cada chuva o lago seria novamente assoreado, porque enquanto não forem feitas as obras de contenção nas partes altas o problema persiste”, emendou.

Réveillon – Nesta semana, o Campo Grande News também mostrou que o Córrego Réveillon também foi prejudicado pelas fortes chuvas, com sedimentos e cascalho tomando o seu leito –onde a prefeitura já vinha realizando obras para contenção de enxurradas. Ele será um dos principais pontos de intervenção nas ações de recuperação do lago.

Uma bacia de contenção será aberta acima da nascente do Réveillon, para segurar os sedimentos por ele arrastados para o Parque das Nações Indígenas. A obra também ficará sob responsabilidade da prefeitura.

O governo estadual, por sua vez, fará ações de recuperação das margens do Córrego Joaquim Português –que, ao se juntar com o Córrego Desbarrancado, forma o Córrego Prosa dentro do parque estadual. As ações serão apresentadas na semana que vem.

Desde 28 de fevereiro, prefeitura e governo vêm discutindo a intervenção coordenada. Dois dias antes, um temporal com acumulado de 106 milímetros de chuva atingiu Campo Grande, causando danos em diferentes regiões. Novamente, o lago do Parque das Nações Indígenas transbordou, assim como o Córrego Sóter –ao lado do espaço público.

Reunião em 28 de fevereiro deu início a entendimentos para acabar com assoreamento. (Foto: Semagro/Divulgação)
Reunião em 28 de fevereiro deu início a entendimentos para acabar com assoreamento. (Foto: Semagro/Divulgação)
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