Biólogos comemoram descoberta de ninho de águias harpias no Pantanal
Achado contribui com a Ciência e comprova que espécie, rara no bioma, está se reproduzindo ativamente
RESUMO
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Biólogos confirmaram a reprodução de águias harpias no Pantanal de Mato Grosso do Sul, com a descoberta de um ninho no Maciço do Urucum, em Corumbá. O avistamento ocorreu após mais de um ano de buscas, iniciadas quando uma harpia foi vista sobrevoando a região em abril de 2024. A espécie Harpia harpyja, que pode atingir 2,20 metros de envergadura, é raramente encontrada no Pantanal, sendo mais comum na Amazônia e Mata Atlântica. O primeiro registro da ave no bioma data de 2013, quando um exemplar jovem foi avistado. A descoberta representa um marco científico e evidencia a necessidade de proteção da área.
Após mais de um ano de buscas, as suspeitas de biólogos se confirmaram: harpias estão se reproduzindo no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Um casal foi visto num ninho, pela primeira vez, na manhã deste sábado (12).
A descoberta representa um marco científico para o estudo das aves no bioma e aponta para a necessidade de proteger a área onde houve o avistamento: o Maciço do Urucum, região de mineração localizada na parte do bioma que corta Corumbá.
Da espécie Harpia harpyja, elas são raras no Pantanal. É mais comum encontrá-las na Amazônia e na Mata Atlântica.
As harpias são águias que podem chegar a 2,20 metros de envergadura e são consideradas uma das maiores aves do mundo, verdadeiras gigantes dos céus.
Procuraram e acharam - Biólogo que tem uma empresa de ecoturismo em Corumbá, Gabriel de Oliveira encontrou o ninho junto à equipe e a turistas que observavam aves.
Ele começou a procura após a colega bióloga, Yasmin Pereira, ter visto uma harpia sobrevoando a região em abril de 2024. Este ano, Gabriel conseguiu avançar na procura, flagrando a ave carregando restos mortais de um macaco-bugio pelos ares. Não demoraria muito até chegarem ao local da reprodução.

"É um ninho enorme", comentou o biólogo. No vídeo (veja no início da matéria), é possível ver que ele tem profundidade. Ainda não se sabe se já há ovos depositados ou filhotes ali, mas é possível que sim, já que o período reprodutivo das aves começou.
O achado foi "de arrepiar" e "um dos encontros mais emocionantes da vida", ele descreve.
O primeiro avistamento de harpia no Pantanal foi registrado em 2013, segundo os estudos do biólogo. Na época, era um animal jovem.
As expedições são coordenadas pela Icterus, empresa de Gabriel, com apoio do projeto Harpia Brasil e da Saua Consultoria.
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