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Meio Ambiente

Com 7 km de seca no Rio da Prata, novo resgate de peixes é planejado

Área impactada aumentou rapidamente; eram 3 km na semana passada

Por Cassia Modena | 24/09/2025 16:38
Com 7 km de seca no Rio da Prata, novo resgate de peixes é planejado
A pouca água que resta em alguns trechos ainda tem peixes a serem salvos (Foto: Nisroque Júnior/Instituto Guarda Mirim Ambiental de Jardim)

O Rio da Prata continua sendo afetado pela seca. Nesta quarta-feira (24), um levantamento constatou que já são cerca de 7 km quase ou totalmente sem água no leito. O ponto crítico fica no município de Jardim, próximo à ponte do Curê e à rodovia MS-178.

RESUMO

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O Rio da Prata enfrenta uma grave seca, com cerca de 7 km de leito quase seco, especialmente no município de Jardim. A situação se agravou rapidamente, passando de 3 km em setembro. A ONG Guarda Mirim Ambiental planeja uma nova operação de resgate de peixes, após a transferência de 148 exemplares para áreas com água suficiente.As causas da seca estão sendo investigadas pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, que aponta a estiagem prolongada e a construção de drenos como possíveis fatores. O monitoramento das espécies ilhadas continua, e a situação é preocupante, com a necessidade de intervenções urgentes para preservar a fauna aquática.

A área impactada aumentou rapidamente. Eram 3 km até 16 de setembro deste ano. Os primeiros sinais começaram a ser vistos no dia 6 do mesmo mês, quando foram registradas mortes de peixes e outros animais aquáticos.

O monitoramento está sendo feito pela ONG (Organização Não-Governamental) Guarda Mirim Ambiental de Jardim, que planeja uma nova força-tarefa para resgatar peixes ameaçados. Na última sexta-feira (19), 148 peixes que corriam risco de morrer asfixiados foram resgatados e transferidos para trecho com profundidade de água suficiente para mantê-los vivos. Eles eram piraputangas, curimbas, lambaris, joaninhas, canivetes, pacu-péva e traíra.

Com 7 km de seca no Rio da Prata, novo resgate de peixes é planejado
Em vez de vazão mínima no período de estiagem, trecho de leito tem apenas poça d'água (Foto: Nisroque Júnior/Instituto Guarda Mirim Ambiental de Jardim)

O diretor da Guarda Mirim, Nisroque da Silva Soares, explica que foram identificadas novas espécies ilhadas em porções d'água que ainda restam em trechos praticamente secos. O último monitoramento começou nesta manhã e terminou à tarde.

Causas - Elas são investigadas desde julho do ano passado em inquérito pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), que foi prorrogado por mais um ano.

Relatório da PMA (Polícia Militar Ambiental) anexado às páginas da investigação afirmou que a seca estava associada à estiagem prolongada e levantou a suspeita de que a construção de drenos nas cabeceiras do rio tenha contribuído para a situação ficar mais alarmante.

O próprio MPMS pediu que os peixes fossem retirados. No ano passado, o mesmo resgate precisou ser feito e a seca só começou a atenuar em outubro.

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