Detalhes "bobos" do dia a dia ajudam a atrair pragas, alerta especialista
Restos de alimentos que sobraram do jantar e ficaram no prato, sujeira pela casa, bagunça amontoada e até ração do cachorro na tigela que fica no quintal. Parecem detalhes bobos do dia-a-dia, mas na verdade é chamariz para animais e insetos de esgoto.
Nesta época do ano, quando o Verão traz muito calor e chuva, a proliferação dessas pragas aumenta e, na maioria das vezes, é a própria população que cria o habitat perfeito para elas, segundo o levantamento do proprietário da dedetizadora Casa Branca, o engenheiro agrônomo José Henrique Zanoni, que trabalha na área há 13 anos.
A primeira orientação dada pelo engenheiro é de que todo o lixo juntado durante o dia deve ser colocado para fora de casa no final da tarde. “Rato e barata, por exemplo, todos têm hábitos noturnos, é à noite que saem em busca de alimentos, que são os restos de comida nossos”, afirma José Henrique.
Assim também acontece com as moscas e as formigas, que são atraídas até pela ração do cachorro ou do gato na tigela. Fezes dos pets que ficam expostas no quintal são igualmente atrativas para os insetos.
Contudo, a casa pode até ser bem limpa, mas se tiver bagunça amontoada em canto, o perigo continua. “Qualquer tipo de praga precisa de três “A” para habitar um lugar: água, alimento e abrigo, tanto que o escorpião, por exemplo, costuma se esconder em roupas largadas no chão ou sapatos”, pontua o engenheiro agrônomo.
Dedetização – Além da prevenção diária, é importante a dedetização principalmente no sistema de esgoto, que é de onde as pragas vêm. E o ideal é que seja feita a cada três meses.
“Colocar veneno como o k-othrine pode ajudar a evitar, mas tem que ter cuidado na hora de aplicar o produto no local”, orienta José Henrique. Outra dica comum é jogar água sanitária em ralos.
Mas o engenheiro agrônomo adverte que essa técnica funciona com baratas, porém, irrita os escorpiões e não os mata. “No final, você só esconde o problema, ao invés de solucionar, porque o escorpião fica apenas acuado, mas cedo ou tarde ele sai de lá”, ressalta José Henrique.
Trabalho público – A Prefeitura de Campo Grande foi questionada sobre a região com maior número de ocorrências de infestação de animais peçonhentos na Capital, mas o CCZ (Centro de Controle de Zoonese) não tem esse controle e seria necessário aproximadamente uma semana para fazer esse levantamento.
A reportagem também perguntou como funciona o trabalho do CCZ no combate à proliferação desses bichos, mas não obteve resposta.
