Documento sobre o Pantanal elaborado em MS pautou discussões climáticas em Belém
Carta apresentada durante a Pré-COP dos Biomas em Campo Grande levantou medidas para preservação do bioma

As demandas do Pantanal, levantadas durante a Pré-COP dos Biomas em Campo Grande, ganharam protagonismo na COP 30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), realizada em Belém (PA). O Estado teve papel ativo ao sediar o encontro com autoridades, no qual foi apresentada uma série de propostas e prioridades voltadas ao mais extenso bioma de áreas alagáveis do mundo.
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Em preparação para a COP 30 em Belém, Mato Grosso do Sul participou ativamente da Pré-COP dos Biomas em Campo Grande. O evento resultou na Carta do Pantanal, documento que destaca a vulnerabilidade do bioma às mudanças climáticas e propõe medidas para seu desenvolvimento sustentável. Entre as propostas apresentadas estão a criação de um Plano Integrado de Desenvolvimento Sustentável para o Pantanal e um Banco de Soluções Subnacionais. O governador Eduardo Riedel ressaltou instrumentos de preservação já existentes, como a Lei do Pantanal e o Fundo do Clima, defendendo maior participação da iniciativa privada nas ações ambientais.
Uma das principais entregas desse evento foi a Carta do Pantanal, um documento elaborado por representantes dos governos estaduais, da sociedade civil e da academia. A carta destaca a vulnerabilidade do bioma frente às mudanças climáticas, como secas severas, incêndios e enchentes, e aponta caminhos para o desenvolvimento sustentável.
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Entre as recomendações da Carta estão a criação de um Plano Integrado de Desenvolvimento Sustentável para o Pantanal, que transcenda os limites territoriais dos estados; o uso de mecanismos como pagamento por serviços ambientais e estímulo à bioeconomia e ao turismo; e o fortalecimento da infraestrutura científica e tecnológica para responder a eventos extremos.
Durante a Pré-COP, autoridades reforçaram a importância de envolver estados e municípios nas decisões climáticas. A CEO da COP 30, Ana Toni, afirmou que a Conferência de Belém é uma oportunidade para dar peso às vozes locais e integrá-las às convenções sobre clima e biodiversidade.
Já o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), destacou os instrumentos de preservação que o Estado já adota, como a Lei do Pantanal, o Fundo do Clima e programas de financiamento para serviços ambientais e afirmou que é essencial atrair a iniciativa privada para uma ação articulada com os entes públicos.
“Mato Grosso do Sul tem uma contribuição muito grande ao instituir, numa lei de preservação, que é a Lei do Pantanal, um instrumento econômico muito forte através do fundo do clima e dos seus programas de financiamento dos serviços ambientais. Cada estado, cada ambiente, vai buscar o seu produto, a sua linha de atuação. Mato Grosso do Sul fez isso. E nós estamos chamando o privado para essa discussão, pois não é uma função exclusiva do público”, afirmou Riedel.
No âmbito da COP30, uma das expectativas levantadas por esse grupo é a criação de um “Banco de Soluções Subnacionais”, que reuniria experiências bem-sucedidas de políticas climáticas locais. A ideia é consolidar essas iniciativas e torná-las referência para ações globais e replicáveis.
Com o Pantanal integrado à pauta da COP, cresce a oportunidade de que os desafios e particularidades desse bioma e das comunidades que nele vivem ganhem visibilidade internacional e se convertam em políticas concretas de adaptação, conservação e desenvolvimento sustentável.
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