Jacarés vistos durante flutuação em Bonito são sinônimo de “sorte” para guia
Registros foram feitos por Maycon Portilho e compartilhados nas redes sociais
Toda vez que um jacaré é avistado durante uma flutuação em Bonito, a cerca de 300 quilômetros de Campo Grande, é sinônimo de um dia de sorte para o guia de turismo Maycon Portilho. Os registros dos animais nadando a poucos metros da câmera foram publicados nas redes sociais e compartilhados com o Campo Grande News neste domingo (28).
RESUMO
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Em Bonito, Mato Grosso do Sul, o avistamento de jacarés durante flutuações turísticas é considerado sinal de sorte pelos guias locais. Maycon Portilho, guia de turismo da região, compartilhou registros de encontros próximos com jacarés da espécie coroa, comuns na Serra da Bodoquena. Os animais, que não representam perigo quando respeitado seu habitat natural, são indicadores importantes do equilíbrio ecológico da região. Sua presença, junto a outros predadores como sucuris e onças, sinaliza a efetividade da preservação ambiental local, embora estas espécies estejam cada vez mais escassas em algumas áreas.
À reportagem, o guia contou que o avistamento do animal não é raro, mas, quando acontece, é um momento de extrema felicidade. Em um dos vídeos, o jacaré aparece com parte do rosto para fora da água, enquanto o restante do corpo está apoiado sobre o solo. Ele olha para o lado, em direção à câmera, e, ao perceber a proximidade, começa a se mover com rapidez.
Em determinado momento, o jacaré dispara por debaixo d’água entre as plantas e desaparece. É possível ver a “poeira” sendo levantada devido à rapidez do animal. O jacaré que aparece no vídeo é da espécie coroa e, segundo o guia, é muito comum na região da Serra da Bodoquena, Jardim, Bonito e Bodoquena.
“Esse registro foi feito durante um percurso de flutuação na região de Bonito. Eu sempre digo para as pessoas que, de fato, é uma sorte. Esses animais, principalmente os de topo de cadeia, como jacarés, sucuris e onças, estão cada vez mais suprimidos em determinadas regiões daqui de Bonito, e ver esses animais realmente é uma grande sorte,” conta Maycon.
Em outro registro feito pelo guia, na manhã deste sábado, é possível ver o animal também muito próximo da câmera. A cabeça permanece para fora da água, enquanto ele apoia parte do corpo em um tronco de madeira e flutua com o restante das patas. O guia e os turistas permaneceram no local por cerca de 10 minutos, e o animal sequer se incomodou com a presença humana.
Segundo ele, os animais não apresentam perigo, pois aquele é o habitat natural deles, e a orientação dada aos turistas é para que não se aproximem demais, não toquem nem alimentem esses animais. “Assim como as sucuris e as onças, a presença deles indica um certo biocontrole da área. Enquanto a gente estiver vendo esses animais, significa que estamos conseguindo conservar, preservar e mantê-los em seus habitats”, exemplificou.
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