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Meio Ambiente

Mesmo com multa de até R$ 9 mil, moradores insistem em atear fogo em terrenos

Capitão do Corpo de Bombeiros afirma que em quase 90% das ocorrências atendidas na cidade, fogo foi provocado

Clayton Neves | 06/07/2022 14:08


Equipes do Corpo de Bombeiros combatem incêndio em vegetação na região da Praça do Papa, em Campo Grande. Imagens feitas por um leitor mostram focos de chamas consumindo o mato e densa cortina de fumaça sobre a área, prejudicando a respiração e a visibilidade de quem passa pelo local.

Com a chegada do inverno e a predominância do tempo seco, cenas como essas se tornaram comuns por toda a cidade. Mesmo com multa para quem põe fogo em terrenos, na maior parte das ocorrências atendidas pelos bombeiros, os incêndios são provocados por moradores.

“Na área urbana, 90% dos casos são os moradores que colocam fogo, geralmente para fazer limpeza de terrenos e queimar lixo”, explica o capitão Carlos Saldanha, chefe do Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros.

Segundo ele, além de aumentar doenças respiratórias e elevar a procura às unidades de saúde, as queimadas podem acarretar grandes tragédias.

"É perigoso. Já tivemos casos de o fogo que começou no mato aumentar e destruir uma casa. Em outra ocorrência que participei, o fogo que estava em volta do capim chegou perto de uma carreta e queimou o veículo e até um avião estacionado”, pontua.

O cidadão pode denunciar queimadas urbanas, mesmo sem flagrante, pela central 156 ou pelo canal digital Fala Campo Grande. Se houver flagrante, basta acionar a Guarda Civil Metropolitana pelo 153, disponível 24h.

O Corpo de Bombeiros Militar orienta a população a não lançar pontas de cigarro pela janela do veículo, limpar terrenos sem uso de fogo e não jogar lixo pelas ruas e terrenos. Incendiar terrenos baldios e pastagens é crime, conforme a Lei Federal 9.605/98. Quem for pego colocando fogo pode ser preso por até quatro anos, além de pagar multa de R$ 9 mil.

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