Projeto quer criar novo Horto Florestal em área de preservação
Audiência debate a ideia, há moradores que gostam e outros que acham melhor não mexer no lugar
A proposta de criar um horto florestal na Avenida Tamandaré, no Jardim Seminário, em Campo Grande, foi bem recebida por quem passa pela área diariamente. Ao Campo Grande News, moradores da região norte da cidade relataram que a iniciativa pode levar mais movimento ao bairro, garantindo maior segurança.
RESUMO
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Moradores do Jardim Seminário, em Campo Grande, divergem sobre a proposta de transformar uma área verde na Avenida Tamandaré em um horto florestal. A iniciativa, que será debatida em audiência pública hoje (8), prevê a criação de uma pista de caminhada, viveiro de plantas e revitalização de uma lagoa. Defensores do projeto argumentam que o horto trará mais segurança ao bairro, com maior fluxo de pessoas, além de gerar empregos e garantir a preservação ambiental. Críticos, por outro lado, acreditam que a intervenção pode prejudicar o ecossistema local, defendendo apenas a manutenção da área como está. A audiência pública, com transmissão pela TV Câmara e YouTube, definirá os próximos passos do projeto.
O autor da proposta de audiência pública, o vereador Ronilço Cruz de Oliveira (Podemos), explicou que a área escolhida pertencia a uma antiga fazenda. "No local há uma reserva ecológica que é da prefeitura", afirmou. Segundo ele, o espaço era cuidado por uma empresa.
"A ideia é discutir com a comunidade uma forma de transformar o local em um horto florestal. Tem até uma lagoa que está em mau estado. Precisamos limpá-la, pois é a nascente de um córrego. Acredito que podemos criar uma pista de caminhada, um viveiro de plantas e, principalmente, envolver a comunidade nesse processo", detalhou o vereador.
O estudante Ian Radtke, de 24 anos, acredita que a criação do horto daria "utilidade ao lago" e atrairia mais atenção para o bairro. "É bom porque a conservação do meio ambiente seria melhor. A manutenção da área, que deve ter muitos animais, seria garantida", disse.
Outro ponto levantado por Ian é que o espaço traria mais movimento à região. "Como pego ônibus por aqui de vez em quando, acredito que, se o horto existisse, haveria um fluxo maior de pessoas, o que tornaria a rua mais segura", explicou.
Por outro lado, a babá Silvia Rodrigues, de 48 anos, não concorda com a ideia. Para ela, o espaço já está preservado como está. "Sempre passamos para ver os animais; há vários tipos. Acho que não há necessidade de mexer, apenas de preservar o que já existe", opinou.
Silvia destaca que a criação de um horto exigiria uma obra, o que, em sua opinião, alteraria o ecossistema local. "Falta um cuidado maior. Muitas vezes vejo lixo e carniça jogados aqui na frente. Mas se houvesse mais atenção, sem a necessidade de obras, seria melhor", concluiu a babá.
Ela destaca que, para que seja criado um horto, seria necessária uma obra e isso, na visão dela, alteraria o ecossistema já existente na área. "Falta um cuidado maior. Muitas vezes vejo lixo e carniça jogados aqui na frente. Mas acho que, se houvesse mais cuidado, sem a necessidade de obras, seria melhor", finalizou a babá.
O estudante Thiago dos Santos Garcia, de 29 anos, que também pega ônibus perto do local, apoia a proposta. "Acho bacana pela geração de empregos que pode trazer. Se o meio ambiente for preservado, acredito que será benéfico", disse. Ele também crê que a iniciativa levaria a uma maior fiscalização do poder público no espaço.
A audiência pública acontecerá nesta segunda-feira (8), no auditório do bloco C da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), às 18h30. Também terá transmissões ao vivo pela TV Câmara, no canal 7.3, e no YouTube da Casa de Leis.
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