Verão começa com nova onda de calor e temperaturas acima da média em MS
Estado terá máximas ao menos 5°C acima da média e madrugadas abafadas durante a semana do Natal

O verão de 2025/2026 começou oficialmente no dia 21 de dezembro, às 11h03 (horário de Mato Grosso do Sul), e já inicia sob a influência de uma nova onda de calor que deve marcar a primeira semana da estação em grande parte do Brasil. O fenômeno é impulsionado por um bloqueio atmosférico que se estabelece sobre o Centro-Sul do país, dificultando a formação de sistemas de chuva mais organizados e favorecendo a persistência de temperaturas elevadas ao longo dos dias.
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O verão de 2025/2026 inicia com uma nova onda de calor que afeta grande parte do Brasil, incluindo Mato Grosso do Sul. Um bloqueio atmosférico sobre o Centro-Sul do país dificulta a formação de chuvas e mantém as temperaturas máximas cerca de 5°C acima da média climatológica. Em Mato Grosso do Sul, os dias mais críticos serão 24 e 25 de dezembro, com temperaturas superiores a 33°C. Embora pancadas isoladas de chuva possam ocorrer, serão insuficientes para amenizar o calor. O Climatempo prevê um verão com temperaturas acima da média e chuvas irregulares, com influência reduzida do fenômeno La Niña.
Esse padrão atmosférico deve manter as temperaturas máximas pelo menos 5°C acima da média climatológica para esta época do ano em diversas regiões, além de provocar madrugadas e manhãs bastante abafadas, reduzindo o alívio térmico noturno. Mato Grosso do Sul está entre os estados diretamente afetados pela onda de calor, que também atinge São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e o extremo sul de Goiás.
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No caso específico de Mato Grosso do Sul, os dias mais crítico da onda de calor deve ocorrer entre esta quarta-feira (24), véspera de Natal, e a quinta-feira (25), dia de Natal, quando as temperaturas podem ultrapassar os 33°C. Após esse intervalo, a tendência é de que o calor perca força de forma gradual, embora as temperaturas sigam elevadas para a época do ano.
Apesar do predomínio do calor, o bloqueio atmosférico não impede totalmente a ocorrência de chuvas. Pancadas isoladas ainda podem se formar, típicas de dias quentes e abafados de verão, e em alguns momentos podem ocorrer com forte intensidade, acompanhadas de raios. No entanto, essas chuvas tendem a ser mal distribuídas e insuficientes para amenizar de forma duradoura o calor.
Além das tardes quentes, a elevação das temperaturas mínimas é um dos principais destaques da onda de calor. Noites e madrugadas abafadas dificultam a dissipação do calor acumulado durante o dia, aumentando o desconforto térmico e o desgaste físico, especialmente em áreas urbanas.
O calor intenso durante o período de festas de fim de ano também tende a provocar aumento significativo no consumo de energia elétrica, impulsionado pelo uso mais frequente de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado. Esse cenário acende um alerta, sobretudo em grandes centros urbanos e em regiões turísticas, onde a demanda por energia costuma ser ainda maior nesta época.
Com a combinação de bloqueio atmosférico, temperaturas elevadas e chuvas irregulares, a primeira semana do verão reforça a tendência de uma estação marcada por extremos de calor no Brasil, com Mato Grosso do Sul inserido de forma direta no corredor das altas temperaturas.
Segundo informações do Climatempo, o verão 2025/26 será marcado por temperaturas acima da média em grande parte do país, com episódios de calor intenso e chuvas irregulares. Esse comportamento é resultado da atuação combinada de diferentes fenômenos climáticos que devem dominar a estação.
Entre eles está a La Niña, fenômeno oceânico caracterizado pelo resfriamento das águas do oceano Pacífico Equatorial, que altera a circulação atmosférica, intensifica os ventos alísios e costuma provocar mais chuvas no Norte e Nordeste do Brasil, enquanto favorece períodos de estiagem no Sul. No entanto, neste verão, a La Niña não será o principal fator de influência.
De acordo com o Climatempo, o fenômeno apresenta fraca intensidade e curta duração, com atuação prevista apenas até meados de janeiro de 2026, reduzindo seu impacto sobre o clima da estação.
Após esse período, a expectativa é de uma transição para a fase neutra da La Niña, com um gradual aquecimento do oceano ao longo dos meses seguintes, avançando até o outono de 2026. Mesmo assim, o verão seguirá com tendência de calor acima da média e irregularidade nas chuvas em várias regiões do país.

