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Política

“Fizemos dever de casa”, diz Reinaldo sobre ano de crise política e econômica

“Vocês, que muitas vezes atiraram pedras, amanhã vão aplaudir por nós termos tidos coragem”, afirma

Aline dos Santos | 13/12/2017 13:23
Durante uma hora, governador fez balanço sobre o ano de 2017 para jornalistas. (Foto: Marcos Ermínio)
Durante uma hora, governador fez balanço sobre o ano de 2017 para jornalistas. (Foto: Marcos Ermínio)

Penúltimo de seu mandato e até aqui mais turbulento, o ano de 2017 chega ao fim para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) com a avaliação de resultado positivo.

“Posso dizer que temos um resultado extremamente positivo, enfrentamos as dificuldades, conseguimos fazer o dever de casa, entregas importantes em áreas vitais, mesmo no momento da maior crise política estabelecida em nosso Pais. Todos nós de Mato Grosso do Sul tivemos os ganhos de fazer um governo responsável e transparente”, afirma o governador.

Nesta quarta-feira (dia 13), por uma hora, na Governadoria, Azambuja fez o balanço do ano em entrevista coletiva.

Entre anotações e rodopios de caneta, afirmou que só trata de reeleição após o Carnaval, que não se preocupa com popularidade, comentou as críticas pela reforma da previdência (votada num plenário com a Tropa de Choque), a crise que criminaliza a política, incentivos fiscais (citados nas delações dos donos da JBS) e a lei do teto para os gastos públicos, que entra em vigor no próximo ano.

“Um quesito muito importante foi a regulamentação de incentivos fiscais, estamos falando de 1.199 empresas que tem algum tipo de termo de acordo”, afirma. Segundo ele, a partir de 2015 houve tratamento equânime para as cadeias produtivas.

“No setor de frigorífico, que ficou muito falado por conta da questão delação, JBS. Existia um tratamento desigual e igualamos isso. O que possibilitou nós termos uma expansão de receita. Antes de 2015, a média de recolhimento da holding J&F era de R$ 40 milhões por ano. Hoje, recolhe R$ 170 milhões por ano”, afirma.

Ainda sobre a economia, afirma que a previsão de perda com a arrecadação do gás natural deve fechar em R$ 400 milhões neste anos. A expectativa de boas notícias vêm da área de logística, com ferrovias e a rota bioceânica.

Azambuja diz que só comenta o tema reeleição depois do Carnaval de 2018. (Foto: Marcos Ermínio)
Azambuja diz que só comenta o tema reeleição depois do Carnaval de 2018. (Foto: Marcos Ermínio)

“Mato Grosso do Sul será um dos Estados que mais vai crescer nos próximos anos, com avanço na macrologística. São dois corredores bioceânicos que vão acontecer. Não é utopia, não acontece do do dia para a noite, mas a médio prazo”, afirma.

Caravana e obras – Na área de saúde, o governador afirma que planeja uma nova edição da Caravana da Saúde, com a inclusão de outras especialidades e exames preventivos de câncer de mama e colo de útero. Outra ação da caravana deve ser para estudantes da rede estadual, porque há estimativa que 15% tenham problemas de visão e audição.

No ano que vem, será entregue o Hospital do Trauma, obra ao lado da Santa Casa de Campo Grande que se arrastou por duas décadas.

Na educação, Azambuja destacou as escolas de ensino de tempo integral e a entrega em dias de kits escolares e uniformes. No segmento de segurança, cita que o Mapa da Violência põe Mato Grosso do Sul como o terceiro mais seguro do Brasil.

Segundo o governador, há investimento de infraestrutura nos 79 municípios, com obras para universalizar o saneamento, recuperação de 4.600 km de rodovias não pavimentadas e mais de cem pontes de concreto. Do programa “Obra Inacabada Zero”, foram concluídos 208 dos 214 projetos. “O programa mostra o nosso respeito com o dinheiro público. Se começou e usou dinheiro público, tem que terminar”.

Pedras – Sobre a reforma da Previdência, aprovada com forte oposição dos servidores, Azambuja justifica que a medida pensa no futuro.

“Esses dias falei para um grupo de servidores: Vocês, que muitas vezes atiraram pedras, amanhã vão aplaudir por nós termos tidos coragem de enfrentar uma discussão que vai garantir o recebimento de aposentadoria e pensão de vocês mesmo. O governador é um funcionário público contratado por quatro anos. Agora, a maioria dos servidores é 30 anos no serviço público”, afirma Azambuja.

“Mato Grosso do Sul será um dos Estados que mais vai crescer nos próximos anos", diz Azambuja. (Foto: Marcos Ermínio)
“Mato Grosso do Sul será um dos Estados que mais vai crescer nos próximos anos", diz Azambuja. (Foto: Marcos Ermínio)
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