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Política

"Homem público tem de prestar contas", diz Reinaldo sobre Odilon

Ex-assessor Jedeão Oliveira faz acusações ao juiz aposentado, com quem trabalhou por 20 anos

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 30/08/2018 09:10
Governador do Estado, Reinaldo Azambuja, dá entrevista ao chegar no Mercadão Municipal nesta quinta-feira. (Foto: Marina Pacheco).
Governador do Estado, Reinaldo Azambuja, dá entrevista ao chegar no Mercadão Municipal nesta quinta-feira. (Foto: Marina Pacheco).

"É preciso investigar, homem público tem de prestar contas", afirmou, nesta quinta-feira (dia 30), o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), candidato à reeleição. O chefe do Executivo estadual participa de solenidade no Mercadão Municipal de Campo Grande nesta manhã.

A resposta é sobre a denúncia de um ex-assessor do juiz aposentado Odilon de Oliveira (PDT), também candidato ao comando do Estado, e divulgada ontem pela Folha de São Paulo.

Para o chefe do Executivo estadual, as "investigações devem ser aprofundadas". "Ele [o juiz] não está acostumado a prestar contas e disse que é Fake News. No entanto, a notícia partiu de um renomado jornal e veio de uma pessoa próxima a ele. Precisa de apuração".

Na entrevista, Jedeão de Oliveira, que foi funcionário de Odilon por mais de 20 anos, afirmou que concedia à PF (Polícia Federal) autorizações genéricas de interceptações telefônicas, abrindo espaço para gravações clandestinas, mandava inflar dados divulgados à imprensa e abrir inquéritos com base em cartas anônimas para legalizar gravações.

Jedeão foi demitido em 2016 e se tornou alvo de várias ações na Justiça Federal. Um dos processos cobra R$ 10,6 milhões. Por meio da defesa, ele sempre negou ter desviado dinheiro da 3ª Vara da Justiça Federal, onde por 21 anos foi funcionário de confiança do juiz.

Reinaldo lembrou que quem o denunciou trabalhou com o juiz "por 21 anos". "O Ministério Público e a Justiça precisam apurar, até para dizer se são verdadeiras [as denúncias]".

Ontem, Odilon afirmou, por meio de nota oficial, não ter dúvidas de que as declarações de seu ex-braço direito têm motivação política e que ele não tem "credibilidade, por ser réu confesso".

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