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Política

“Tudo que eu não sou é um Judas”, diz Marun sobre boneco içado em praça

Ministro de Temer foi “homenageado” com boneco de Judas que seria alvo de malhação neste sábado e credita manifestação a “invejas doentias”

Humberto Marques | 31/03/2018 18:39
Boneco pendurado em árvore para malhação de Judas recebeu nome de ministro. (Foto: Thailla Torres)
Boneco pendurado em árvore para malhação de Judas recebeu nome de ministro. (Foto: Thailla Torres)

O ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República e deputado federal licenciado Carlos Marun contestou o protesto realizado por moradores do Cidade Jardim, em Campo Grande, que batizaram com o nome do parlamentar um boneco de Judas que foi pendurado em uma árvore no bairro na noite de sexta-feira (30). Marun rebateu a comparação feita com a figura –imortalizada pela traição a Jesus Cristo–, considerando-a resultado de “invejas doentias”.

“Tudo que eu não sou é um Judas, até porque se é coisa que eu não faço é trair alguém”, disse ao Campo Grande News o ministro, que ganhou fama por sua lealdade aos líderes políticos –caso do presidente Michel Temer, alvo de defesas fervorosas de Marun antes mesmo de ser indicado ministro, em sua atuação no Congresso. “Todavia, a minha exitosa trajetória me faz alvo de invejas doentias, e esta deve ser a motivação do autor desta agressão”, prosseguiu ele.

Boneco tem cabeça de abóbora, luzes e faixa com o nome "Marun". (Foto: Direto das Ruas)
Boneco tem cabeça de abóbora, luzes e faixa com o nome "Marun". (Foto: Direto das Ruas)

O boneco foi colocado em uma praça no cruzamento das ruas Centaura e Taiobá, içado a cerca de três metros de altura em uma árvore.

Moradores confirmaram à reportagem, nesta manhã, que o “Judas” foi colocado na noite anterior, sendo feito com um paletó de terno, cabeça de abóbora com lâmpadas no lugar de olhos e boca –que inclusive acendem– e uma faixa com o nome do ministro fixada no peito.

Ainda segundo vizinhos no local, a malhação de Judas –comum em vários locais do país como forma de ilustrar a destruição do mal pelo homem– nunca havia sido feita no local.

A prática é uma tradição católica e ortodoxa, realizada sempre no Sábado de Aleluia (véspera da Páscoa). O boneco é batizado em alusão a Judas Iscariotes, o apóstolo que entregou Jesus aos sacerdores judeus por 30 moedas. Arrependido, ele tentou desfazer o negócio e, rejeitado pelas autoridades, enforcou-se depois.

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