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Política

Acusado de chefiar esquema, Giroto presta 4º depoimento à força tarefa

Antonio Marques e Luana Rodrigues | 13/11/2015 09:38
Viatura do Garras, que conduziu Giroto ao depoimento aos promotores da Força Tarefa, deixa o estacionamento da PGJ (Foto: Marcos Ermínio)
Viatura do Garras, que conduziu Giroto ao depoimento aos promotores da Força Tarefa, deixa o estacionamento da PGJ (Foto: Marcos Ermínio)

Um dos comandantes da organização criminosa que agia no estado para desviar dinheiro público, conforme aponta a Força Tarefa criada pelo MPE (Ministério Público Estadual), o ex-secretário Estadual de Obras e ex-deputado federal Edson Giroto, prestou depoimento, nesta manhã, aos promotores na PGJ (Procuradoria Geral de Justiça). Essa é a quarta vez que ele comparece para depor na investigação da Operação Lama Asfáltica.

Edson Giroto chegou por volta das 8h15 em uma viatura descaracterizada do Garras (Delegacia de Repreensão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) e saiu perto das 9 horas. O depoimento teria durado cerca de 45 minutos, o que indica que ele não teria permanecido calado diante dos promotores da Força Tarefa.

Os promotores do MPE (Ministério Público Estadual), que investigam desvio de dinheiro público com falsas medições de obras executadas pela Proteco, apontam que as irregularidades eram praticadas sob o comando de Edson Giroto, e pelo empreiteiro João Alberto Krampe Amorim dos Santos.

Conforme consta nos autos, João Amorim e Giroto são amigos de longa data e "teriam engendrado o esquema criminoso e o colocado em funcionamento com vistas à obtenção de vantagens econômica ilícitas", e que Elza Cristina Araújo dos Santos, sócia de Amorim na Proteco, fazia a ponte com os servidores da Agesul (Agência Estadual de Empreendimentos). As investigações da Força Tarefa indicam também que a diretora-presidente da Agesul, Maria Wilma Casanova, era responsável pela indicação dos fiscais que faziam as medições falsas e autorizava os pagamentos.

Conforme o relatório do MPE, Beto Mariano e os engenheiros Maxwell Thomé Gomez e Átila Garcia Tiago de Souza, foram designados pela ex-presidente da Agesul, Maria Wilma Casanova Rosa, para aferirem a obra da MS-228 executada pela empresa Proteco, de João Amorim, onde foi constada irregularidade no revestimento primário numa extensão de 42 quilômetros, totalizando um prejuízo de R$2,9 milhões. Eles teriam atestado de forma fraudulenta a execução do serviço, que não foi feito integralmente.

Na última terça-feira, a pedido da Força Tarefa, o juiz Carlos Alberto Garcete decretou a prisão temporário dos dois amigos, a secretária Elza dos Santos e mais seis engenheiros ligados à Agesul. Giroto e a ex-presidente da Agesul Maria Wilma Casanova chegaram a serem soltos na madrugada da quarta-feira devido a um habeas corpus, que foi derrubado no mesmo dia pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, obrigando os dois a voltarem para prisão.

Depoimentos – Ontem a Força Tarefa tentou ouvir o empresário João Amorim e o ex-deputado e engenheiro Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano, mas os dois permaneceram cerca de 20 minutos na sede da PGJ (Procuradoria Geral de Justiça) e decidiram se manter calados diante dos promotores.

Na quarta-feira (11) foram ouvidos pelo MPE, a secretária e sócia da Proteco, Elza Cristina Araújo dos Santos Amaral, e o diretor da empresa, Rômulo Tadeu Menossi.

Na terça-feira (10) os promotores ouviram os engenheiros Maxwell Thomé Gomez e Átila Garcia Tiago de Souza, que são chefes das unidades regionais da Agesul.

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