Ala do PMDB mantém projeto de candidatura própria
O PMDB ainda poderá, pelo menos na teoria, ter candidato próprio para presidente da República. A convenção oficial está marcada para 12 de junho, obedecendo o calendário estipulado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Nem mesmo o lançamento do presidente nacional do partido, Michel Temer, como vice da candidata Dilma Rousseff (PT), unificou o PMDB em prol dela.
Em entrevista ao site Terra publicada nesta terça-feira, o senador Pedro Simon, presidente do PMDB no Rio Grande do Sul, disse que continuará defendendo a candidatura própria e considera sem validade a decisão da executiva.
"Nós no Rio Grande continuamos com a tese da candidatura própria (à presidência da República). A decisão da executiva não teve nenhum significado. Foi uma decisão política para badalar o nome do Temer. A executiva tem é que presidir o partido, não cabe a ela fazer essa indicação", afirmou.
Mas de acordo com a reportagem, o ex-governador do Paraná, Roberto Requião, nome que eles apoiam para ser o candidato do partido à presidência, já sofre reclamação dos gaúchos porque já se colocou como candidato ao Senado.
Para eles, o ex-governador poderia fazer movimentos mais concretos em direção a uma candidatura nacional.
Em Mato Grosso do Sul, o governador André Puccinelli oficialmente ainda não decidiu entre Dilma e José Serra (PSDB), mas demonstra inclinação em apoiar o segundo nome. Em outros três estados, o PMDB também pode apoiar Serra.
No início do ano, Puccinelli chegou a declarar que não acreditava muito na candidatura de Requião, mas que ele daria todo o apoio ao candidato se ele realmente optasse pela candidatura.
Ontem, em visita a Campo Grande, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), contou que o partido fez consulta uma consulta ao TSE sobre fidelidade partidária, questionando que tipo de postura pode ser cobrada de estados que não seguirem a coligação nacional.