ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  20    CAMPO GRANDE 28º

Política

Ala do PT quer atitude de Dagoberto contra "infiéis"

Redação | 11/08/2010 22:33

Os petistas Antônio Carlos Biffi (candidato à reeleição para Câmara Federal) e Thaís Helena (candidata à Assembleia) querem medidas contra o enfraquecimento da chapa do PDT e a recente "migração" de candidatos para a campanha de seu principal opositor, o PMDB.

Eles aumentam o coro às criticas que os deputados estaduais Pedro Teruel e Amarildo Cruz fizeram ao candidato ao Senado Dagoberto Nogueira (PDT), em discurso na sessão de ontem, na Assembleia.

Na opinião deles, Dagoberto não está trazendo vantagem ao Partido dos Trabalhadores e ainda permitiu que dois candidatos na chapa proporcional desistissem de suas candidaturas e fossem trabalhar na campanha de adversários diretos dos petistas.

Além disto, esperam que o PDT tome medidas, já que até mesmo prefeitos do partido anunciaram apoio à chapa do PMDB, sem que nada fosse feito por Dagoberto, que responde pelo diretório estadual.

"A vaga poderia ser do PT, não colocamos e eles saíram. Foram apoiar o adversário", reclama Biffi. De acordo com o deputado, Dagoberto é carregado pelo PT. "Ele diz que (a saída dos candidatos) não fará diferença. Na verdade, quem carrega o Dagoberto é o PT, o time dele esvaziou", frisou.

Os gastos de campanha do deputado federal também foram questionados, já que até o momento ele declara ter gastado "apenas" R$ 17 mil.

Em discurso na tribuna, na terça-feira, Teruel afirmou que enquanto Delcídio do Amaral havia investido R$ 1,4 milhão na campanha, incluindo repasses a outros candidatos, o aliado Dagoberto Nogueira gastou apenas os escassos R$ 17 mil. "Lamentavelmente nosso parceiro e aliado do PDT não está nos ajudando", afirmou Teruel. "Pessoas que o apoiavam estão saindo e deixando de fazer campanha do nosso lado", acrescentou.

Junior Teixeira, de Dourados, e Rui Spindola, de Bataguassu desistiram de disputar a eleição e optaram por apoiar candidatos da coligação adversária, "Amor, Trabalho e Fé" (o democrata Luiz Henrique Mandetta e o peemedebista Fábio Trad).

"Quando uma aliança dessa prejudicar o meu partido, eu vou reclamar", disse Teruel.

Na mesma ocasião, o deputado Amarildo Cruz acrescentou que Dagoberto "é um parceiro que não faz nada", enquanto Delcídio é campeão de gastos porque é humilde e ajuda os companheiros.

Empenho - Tanto Biffi quanto Thais Helena esperam que o candidato se explique e tenha mais empenho na corrida eleitoral, já que parece estar pensando apenas em sua candidatura. "Ele coloca o nome de toda a coligação em sua publicidade, mas deixa os quadros do PDT fazerem o que bem entendem. Isso enfraquece nossa chapa proporcional e também a majoritária", ressalta Thais.

O fato de Gilda dos Santos, esposa do candidato ao governo, Zeca do PT, ser suplente de Dagoberto e mesmo assim não haver atitudes firmes quanto as medidas adotadas pelos filiados do PDT, em mudar de barco, incomoda os petistas.

"Já falamos com o nosso presidente (Marquinhos Garcia) que converse com o Dagoberto e tente resolver isso, que pode acarretar em prejuízos para todos nós. Afinal, a desistência de candidatos à Assembleia e a Câmara deixa lacunas".

"Me disseram que eles desistiram por que notaram que não haveria empenho e apoio financeiro às suas candidaturas. Oras, então ele não se importa nem com seus companheiros?", questionou a petista.

Chapas

Nos siga no Google Notícias