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Política

André não acredita em golpe por complô

Redação | 18/03/2009 09:47

O governador André Puccinelli admitiu que desde agosto o Estado tem conhecimento sobre vendas de casas da Agehab (Agência Estadual de Habitação), mas garante que as investigações começaram imediatamente, "muito antes da imprensa saber", assegura.

Preso no fim de semana, Ademar Mariano apontado como mentor do esquema que prejudicou pelo menos 100 pessoas, atacou políticos e policiais, como beneficiados pelo crime.

Ele cobrava até R$ 2 mil de interessados na casa própria com a promessa de garantir imóvel em residenciais da Agehab, e disse que fazia isso a mando do deputado federal Vander Loubet (PT), com a intenção de prejudicar o senador Delcídio Amaral (PT).

Ao oferecer a facilidade de "furar a fila' e conseguir um imóvel do governo, o golpista teria se apresentado como assessor de Delcídio, para que depois a revolta dos ludibrirados recaíssem sobre o senador.

"Não quero acreditar em complô, isso é fantasia de mau elemento", resumiu Puccinelli, lembrando que as próprias vítimas negaram que os golpistas tivessem usado o nome do senador na negociação. Pelo menos outras 3 pessoas são porcuradas por terem aplicado o golpe em Campo Grande.

O governador também criticou o uso político do caso nesse momento pré eleitoral. "Não acredito na participação de nenhum político eleito, isso é invenção", reforçou.

Puccinelli disse que ao receber informações sobre o esquema do secretário de Habitação, Carlos Marun, há sete meses, foi determinada apuração, que foi intensificada no início do ano, depois de dezenas de pessoas se apresentarem como vítimas.

Ademar também acusou a delegada Rosely Molina, que até então era responsável pela investigação, de receber R$ 70 mil para não concluir o caso. Segundo o secretário de Segurança, Wantuir Jacini, o caso já foi encaminhado á Corregedoria da Polícia, mas também defendeu a delegada, dizendo que a acusação seria para desqualificá-la.

O golpista garantiu também que recebia ameaças do coronel da Polícia Militar José Paulo Loubet, porque teria "vendido" algumas casas à família dele.

Segundo o govenrador, o militar admitiu que parentes caíram no golpe, mas se defendeu dizendo que falaram em nome dele para conseguir o dinheiro de volta.

Outra na lista de alvos do golpista é Kátia Miranda, funcionária da Secretaria de Justiça e Segurança Pública, que teria recebido pelo golpe. Ela garantiu ao Campo Grande News que na verdade foi vítima de Ademar, apesar de dizer que não cheogu a pagar a quantia cobrada por ele.

"Se houver culpa de servidor, ele será exemplarmente punido", ameaçou Puccinelli, já saíndo em defesa dos citados. "Ele atacou para todos os lados. Foram nomes citados para confundir e desviar foco do crime cometido por ele."

O governador diz que já foi garantida quebra dos sigilos telefônico e bancário de Ademar para verificar quem está envolvido no golpe.

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